Vicente Malheiros da Fonseca – magistrado, professor e compositor
Em 2003
escrevi um artigo sobre o Colégio “Dom Amando”, de Santarém, que reproduzo, com
algumas atualizações.
Estudei no Colégio “Dom Amando” parte do curso primário, parte do curso ginasial e todo o curso científico, no período de 1958 a 1966. Foi a base de minha formação integral, como pessoa humana.
Em 2000, quando visitei a Faculdade de Direito de Colúmbia, em Nova York, pude melhor compreender o benefício proporcionado pelo querido Colégio. Cheguei a comentar este fato com o Irmão José Emanuel Browne (um de meus melhores amigos, no “Dom Amando”, professor de Latim, de Filosofia e de Música), quando tive a satisfação de reencontrá-lo, naquele ano, em Washington. Na verdade, em Santarém, em plena Amazônia, era como se estivéssemos estudando nos Estados Unidos da América do Norte, tal era a qualidade e o alto nível de ensino ministrado no CDA. É preciso que se enalteça esse privilégio para conhecimento dos mais jovens. A disciplina, a ética, a organização, o ambiente saudável, o companheirismo, enfim, tudo ali era perfeito e muito bem conduzido. Havia também o reconhecimento do mérito dos alunos, que se destacavam nos estudos e nas demais atividades estudantis, pois seus nomes figuravam no Quadro de Honra, estímulo para todos os alunos e para a sociedade. O aprendizado não se restringia à sala de aula. Na convivência do dia-a-dia, o ensinamento de que tanto precisa a humanidade para construir um mundo mais livre, solidário, fraterno e justo. Mestres abnegados, amigos autênticos. Anos felizes e inesquecíveis.
Muita coisa que se aprende hoje apenas em cursos de pós-graduação era transmitida nas aulas proferidas naquele educandário, paradigma no gênero em todo o Brasil. E não havia necessidade de cursos paralelos de música, esporte, religião, moral, trabalhos manuais, línguas estrangeiras etc., porque tudo fazia parte do currículo da Escola.
O CDA sempre esteve integrado na realidade de nossa região. Basta um exemplo para ilustrar esta afirmativa. Certa vez o Colégio recebeu a visita de uma autoridade superior, que estranhou a inexistência de banheiro ou piscina para os estudantes internos. Ele, porém, foi logo alertado de que os jovens podiam usufruir do belo rio Tapajós, às proximidades, que lhes garantia banho e natação, com as vantagens oferecidas pela própria natureza regional.
Lembro-me do tempo em que integrei a excelente Banda de Música do Colégio, nos desfiles cívicos, tocando barítono, experiência que pude aproveitar para atuar na Banda “Prof. José Agostinho”, nos anos 60.
Agora, como magistrado trabalhista, há 40 anos, e professor universitário, jamais esquecerei do verdadeiro alicerce construído na fonte do saber da juventude na Pérola do Tapajós. Mas não é apenas o profissional de hoje que tem gratas recordações de sua mocidade, daquele estudante de tempos passados. É a pessoa humana, de ontem e de sempre, que, lembrando dos 70 anos do CDA, também se recorda, com orgulho, tal como na “Canção de Minha Saudade” (Wilmar e Wilson Fonseca), que nunca vi Colégio como o Dom Amando de Santarém, onde conheci o saber e o amor, o bem mais precioso da vida, um dom para a felicidade.
Em 2000, quando visitei a Faculdade de Direito de Colúmbia, em Nova York, pude melhor compreender o benefício proporcionado pelo querido Colégio. Cheguei a comentar este fato com o Irmão José Emanuel Browne (um de meus melhores amigos, no “Dom Amando”, professor de Latim, de Filosofia e de Música), quando tive a satisfação de reencontrá-lo, naquele ano, em Washington. Na verdade, em Santarém, em plena Amazônia, era como se estivéssemos estudando nos Estados Unidos da América do Norte, tal era a qualidade e o alto nível de ensino ministrado no CDA. É preciso que se enalteça esse privilégio para conhecimento dos mais jovens. A disciplina, a ética, a organização, o ambiente saudável, o companheirismo, enfim, tudo ali era perfeito e muito bem conduzido. Havia também o reconhecimento do mérito dos alunos, que se destacavam nos estudos e nas demais atividades estudantis, pois seus nomes figuravam no Quadro de Honra, estímulo para todos os alunos e para a sociedade. O aprendizado não se restringia à sala de aula. Na convivência do dia-a-dia, o ensinamento de que tanto precisa a humanidade para construir um mundo mais livre, solidário, fraterno e justo. Mestres abnegados, amigos autênticos. Anos felizes e inesquecíveis.
Muita coisa que se aprende hoje apenas em cursos de pós-graduação era transmitida nas aulas proferidas naquele educandário, paradigma no gênero em todo o Brasil. E não havia necessidade de cursos paralelos de música, esporte, religião, moral, trabalhos manuais, línguas estrangeiras etc., porque tudo fazia parte do currículo da Escola.
O CDA sempre esteve integrado na realidade de nossa região. Basta um exemplo para ilustrar esta afirmativa. Certa vez o Colégio recebeu a visita de uma autoridade superior, que estranhou a inexistência de banheiro ou piscina para os estudantes internos. Ele, porém, foi logo alertado de que os jovens podiam usufruir do belo rio Tapajós, às proximidades, que lhes garantia banho e natação, com as vantagens oferecidas pela própria natureza regional.
Lembro-me do tempo em que integrei a excelente Banda de Música do Colégio, nos desfiles cívicos, tocando barítono, experiência que pude aproveitar para atuar na Banda “Prof. José Agostinho”, nos anos 60.
Agora, como magistrado trabalhista, há 40 anos, e professor universitário, jamais esquecerei do verdadeiro alicerce construído na fonte do saber da juventude na Pérola do Tapajós. Mas não é apenas o profissional de hoje que tem gratas recordações de sua mocidade, daquele estudante de tempos passados. É a pessoa humana, de ontem e de sempre, que, lembrando dos 70 anos do CDA, também se recorda, com orgulho, tal como na “Canção de Minha Saudade” (Wilmar e Wilson Fonseca), que nunca vi Colégio como o Dom Amando de Santarém, onde conheci o saber e o amor, o bem mais precioso da vida, um dom para a felicidade.
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