No Diário do Pará, edição desta quarta-feira (6):
Mário Couto é um tipo curioso. Coleciona dezenas de processos por estelionato, corrupção, infâmia, calúnia e até racismo, mas costuma agir como o batedor de carteiras que foge gritando “pega ladrão!” para confundir a polícia. Nos últimos tempos, o truque histriônico não funcionou mais. A máscara do senador do PSDB começou a cair ao ser acusado de corrupção pelo Ministério Público do Estado, acusado pelo desvio de mais de R$ 13 milhões em recursos públicos, no esquema que ficou conhecido por “Tapiocouto”, quando presidiu a Assembleia Legislativa.
O caso que serviu para batizar a maracutaia envolveu a empresa JC Rodrigues de Souza, de propriedade de José Carlos Rodrigues de Souza. Registrada como fabricante de farinha de tapioca e derivados, sempre saía vitoriosa de licitações da Casa para serviços diversos. A firma forneceu materiais elétricos e prestou obras de engenharia, entre os anos de 2005 e 2006, recebendo mais de R$ 2 milhões pelos serviços. O presidente da AL na época era Mário Couto e a integrante da Comissão de Licitação era a ex-mulher do empresário, Daura Xavier Hage, que chegou a ser presa temporariamente durante as investigações do MPE.
Em 2007, a ex-deputada Regina Barata (PT) chegou a denunciar o fato no plenário da AL, mas os crimes permaneceram impunes. Na ocasião, o caso ganhou o jocoso apelido de “Tapiocouto”. A referida empresa, cujo nome de fantasia é Croc Tapioca, também fornecia farinha de tapioca que era utilizada na Assembleia para o preparo de mingau aos deputados e assessores em plenário.
Furioso com a decretação de bloqueio de seus bens e contas bancárias por conta do desvio dos recursos, Mário Couto fez uma viagem de volta ao seu passado para empregar os mesmos métodos da contravenção e do crime organizado: a intimidação e a chantagem.
O alvo foi o juiz Elder Lisboa Costa, que cuida do processo e decretou o bloqueio dos bens do “Tapiocouto”, incluindo os da filha do senador, deputada Cilene Couto (PSDB), por fraude na folha de pagamento da AL. O tucano tentou enlamear a honra do magistrado usando um advogado que lhe devia favores – conforme o próprio causídico, Paulo Hermógenes, confessou ao MPE – no afã de intimidar o juiz e fazê-lo renunciar ao processo. Couto, porém, foi desmentido por Hermógenes. Firme em suas convicções, o juiz segue à frente do processo. Nem a pressão exercida pelo jornal “O Liberal” ao divulgar uma carta escrita por Mário Couto, fazendo acusações levianas e descabidas ao juiz, surtiram efeito. O desbloqueio da conta ocorreu para recebimento de salário ou aposentadoria dos envolvidos. Após o desmentido do advogado, Couto nunca mais voltou ao assunto.
Em outra frente, o senador é acusado de crime de racismo pela assistente administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, mulher humilde de Salinópolis. Ela diz que o tucano a ofendeu, chamando-a de “preta”, “safada”, “macaca”, “vagabunda” e outros palavrões. Após revidar as agressões verbais, diante de várias testemunhas, foi detida por ordem de Couto, que alegou ter sido “desrespeitado como senador da República”.
Levada à delegacia de Salinópolis, a mulher prestou depoimento e foi liberada. Ainda no mesmo dia, ela decidiu processar Couto. O caso resultou em processo por abuso de autoridade de No. 0001100-59.2012.814.48 e foi encaminhado pelo juiz Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire em Setembro do ano passado ao STF.
O caso que serviu para batizar a maracutaia envolveu a empresa JC Rodrigues de Souza, de propriedade de José Carlos Rodrigues de Souza. Registrada como fabricante de farinha de tapioca e derivados, sempre saía vitoriosa de licitações da Casa para serviços diversos. A firma forneceu materiais elétricos e prestou obras de engenharia, entre os anos de 2005 e 2006, recebendo mais de R$ 2 milhões pelos serviços. O presidente da AL na época era Mário Couto e a integrante da Comissão de Licitação era a ex-mulher do empresário, Daura Xavier Hage, que chegou a ser presa temporariamente durante as investigações do MPE.
Em 2007, a ex-deputada Regina Barata (PT) chegou a denunciar o fato no plenário da AL, mas os crimes permaneceram impunes. Na ocasião, o caso ganhou o jocoso apelido de “Tapiocouto”. A referida empresa, cujo nome de fantasia é Croc Tapioca, também fornecia farinha de tapioca que era utilizada na Assembleia para o preparo de mingau aos deputados e assessores em plenário.
Furioso com a decretação de bloqueio de seus bens e contas bancárias por conta do desvio dos recursos, Mário Couto fez uma viagem de volta ao seu passado para empregar os mesmos métodos da contravenção e do crime organizado: a intimidação e a chantagem.
O alvo foi o juiz Elder Lisboa Costa, que cuida do processo e decretou o bloqueio dos bens do “Tapiocouto”, incluindo os da filha do senador, deputada Cilene Couto (PSDB), por fraude na folha de pagamento da AL. O tucano tentou enlamear a honra do magistrado usando um advogado que lhe devia favores – conforme o próprio causídico, Paulo Hermógenes, confessou ao MPE – no afã de intimidar o juiz e fazê-lo renunciar ao processo. Couto, porém, foi desmentido por Hermógenes. Firme em suas convicções, o juiz segue à frente do processo. Nem a pressão exercida pelo jornal “O Liberal” ao divulgar uma carta escrita por Mário Couto, fazendo acusações levianas e descabidas ao juiz, surtiram efeito. O desbloqueio da conta ocorreu para recebimento de salário ou aposentadoria dos envolvidos. Após o desmentido do advogado, Couto nunca mais voltou ao assunto.
Em outra frente, o senador é acusado de crime de racismo pela assistente administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, mulher humilde de Salinópolis. Ela diz que o tucano a ofendeu, chamando-a de “preta”, “safada”, “macaca”, “vagabunda” e outros palavrões. Após revidar as agressões verbais, diante de várias testemunhas, foi detida por ordem de Couto, que alegou ter sido “desrespeitado como senador da República”.
Levada à delegacia de Salinópolis, a mulher prestou depoimento e foi liberada. Ainda no mesmo dia, ela decidiu processar Couto. O caso resultou em processo por abuso de autoridade de No. 0001100-59.2012.814.48 e foi encaminhado pelo juiz Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire em Setembro do ano passado ao STF.
Mais aqui > Esquema desviou mais de R$ 13 mi da AL
Parabens pela imparcialidade, Ércio.
ResponderExcluirEsse senador tem uma carrada de processos nas costas e posa de honestão no Senado.
É muita cara de pau. Bicheiro sem vergonha e sem-vergonha!