O Papa Francisco disse em um encontro com a imprensa na sala Paulo
VI, no Vaticano, que escolheu seu nome de líder da Igreja Católica após
falar com o cardeal brasileiro Dom Claudio Hummes, arcebispo emérito de
São Paulo, que participou do conclave que o elegeu.
"Na
eleição, eu tinha ao meu lado o arcebispo emérito de São Paulo, um
grande amigo. Quando a coisa começou a ficar um pouco perigosa, ele
começou a me tranquilizar. E quando os votos chegaram a 2/3, aconteceu o
aplauso esperado, pois, afinal, havia sido eleito o Papa. [...] Ele me
abraçou, me beijou e disse: 'Não se esqueça dos pobres'. Aquilo entrou
na minha cabeça. Imediatamente lembrei de São Francisco de Assis."
O
Papa também relembrou que Francisco de Assis era um homem da pobreza e
da paz. “Como eu queria uma Igreja pobre, e para os pobres”, afirmou.
No
encontro, ele ainda brincou com a escolha do novo nome, ao falar de
"sugestões" recebidas. "Algumas pessoas fizeram brincadeiras, falando
que deveria ser Adriano porque Adriano VI foi um homem das reformas, ou
Clemente, Clemente XV, para 'se vingar' de Clemente XIV, que suprimiu a
Companhia de Jesus. São brincadeiras, é claro."
Encontro com Cristina -
Segundo a agência de notícias EFE, Francisco receberá na próxima
segunda-feira, às 12h50 (horário local, 8h50 de Brasília), a presidente
da Argentina, Cristina Kirchner. A informação foi passada pela
assessoria de imprensa do Vaticano.
Essa será a
primeira audiência de Francisco com um chefe de governo e acontecerá na
Casa de Santa Marta, onde o pontífice está hospedado enquanto não toma
posse de seus quartos no Palácio Apostólico.
A
presidente argentina viajará para Roma para assistir à missa inaugural
do religioso, prevista para a próxima terça-feira, na qual deverão estar
presentes cerca de 150 chefes de Estado e de governo.
O
papa também almoçará no próximo sábado com o pontífice emérito Bento
XVI na residência apostólica de Castel Gandolfo, ainda segundo a
assessoria de imprensa do Vaticano.
O porta-voz
Federico Lombardi já antecipara a intenção do papa de visitar o seu
antecessor, que ficará em Castel Gandolfo até o fim das obras de
reestruturação do mosteiro, no interior dos muros do Vaticano, onde
viverá após sua renúncia.
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