Um homem simples, de olhar e atitudes serenas, aberto para o diálogo. Figura de tantas alcunhas, o pesquisador paraense Vicente Salles não levava no rosto as marcas de uma vaidade comum a alguém tão sábio. Pelo contrário, imprimia às relações uma doçura que ficou para a posteridade. Sua morte, ocorrida na madrugada de ontem (7), suscita nos mais próximos o gosto da saudade anunciada. Partiu depois de oito décadas de existência bem vivida. É a saúde de uma cabeça atenta ao mundo que o circundava.
Muito se sabe dos feitos de homem público. Não segurava o hábito e a vontade de documentar aquilo que considerava valioso para a perpetuação da cultura amazônica, especialmente a paraense. Folclorista, historiador, professor, musicólogo. Vicente Salles figura a lista de intelectuais mais notáveis do século XX por essas bandas tropicais, junto com pensadores como o amigo e também falecido Benedito Nunes.
A vida dedicada à pesquisa resultou em uma contabilidade absurda de publicações e documentações - basta considerar o acervo organizado por ele, fonte valiosa para estudio-sos: 70 mil recortes de jornais e quatro mil documentos, sobre os mais variados temas. Destaque para as manifestações culturais e artísticas e questões relacionadas ao debate racial. São 25 livros escritos. Uma de suas inúmeras obras é “Santarém: uma oferenda musical”, sobre a música santarena, de modo especial a do maestro Wilson Fonseca.
Depois de uma internação que se arrastava desde o dia 27 de fevereiro, falece de parada cardiorrespiratória, numa clínica na capital carioca, cidade que residia. Parte deixando para trás pesquisas e trabalhos inacabados. Deixa a esposa, Marena Salles, e três filhos.
Aos amigos, não há dúvida. Batia ali um coração inquieto e zeloso com aquilo que mais importava no mundo: o conhecimento. (Fonte: Diário do Pará)
Muito se sabe dos feitos de homem público. Não segurava o hábito e a vontade de documentar aquilo que considerava valioso para a perpetuação da cultura amazônica, especialmente a paraense. Folclorista, historiador, professor, musicólogo. Vicente Salles figura a lista de intelectuais mais notáveis do século XX por essas bandas tropicais, junto com pensadores como o amigo e também falecido Benedito Nunes.
A vida dedicada à pesquisa resultou em uma contabilidade absurda de publicações e documentações - basta considerar o acervo organizado por ele, fonte valiosa para estudio-sos: 70 mil recortes de jornais e quatro mil documentos, sobre os mais variados temas. Destaque para as manifestações culturais e artísticas e questões relacionadas ao debate racial. São 25 livros escritos. Uma de suas inúmeras obras é “Santarém: uma oferenda musical”, sobre a música santarena, de modo especial a do maestro Wilson Fonseca.
Depois de uma internação que se arrastava desde o dia 27 de fevereiro, falece de parada cardiorrespiratória, numa clínica na capital carioca, cidade que residia. Parte deixando para trás pesquisas e trabalhos inacabados. Deixa a esposa, Marena Salles, e três filhos.
Aos amigos, não há dúvida. Batia ali um coração inquieto e zeloso com aquilo que mais importava no mundo: o conhecimento. (Fonte: Diário do Pará)
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