A Polícia Civil divulgou, na tarde de ontem (7), os nomes dos 37 acusados de participação em fraudes na emissão de Carteiras Nacionais de Habilitação em 18 municípios do Estado. Os suspeitos, detidos na operação ‘Blitz’, tiveram prisão temporária de cinco dias decretada e serão encaminhados ao sistema penitenciário do Pará. Do total de presos, 18 são servidores do DETRAN (Departamento de Trânsito do Pará), sendo 14 efetivos e 4 temporários.
Os acusados foram autuados por corrupção ativa e passiva, peculato, falsidade ideológica e outros crimes. As investigações completam um ano no próximo dia 19, e iniciaram a partir de denúncias no município de Abaetetuba. A polícia ainda trabalha para executar 86 mandados de busca e apreensão e 69 pedidos de prisão preventiva. O que chamou a atenção da polícia foi a elevada quantidade de expedições de carteiras de habilitação no Pará. 'A cada 10 requerimentos de CNHs feitos no Brasil, apenas 4 são deferidos. No entanto, no Pará, a média era de 9 deferimentos para cada 10 solicitações de CNHs', esclareceu Milton Menezes, promotor de justiça que acompanhou o caso em Belém.
Foram presos nesta terça-feira (7), os seguintes acusados: Alcyr Brito
Dias, Bruno Moreira dos Santos Calumby, Carla Hortência Batista Dias,
Carlos Jorge Almeida Brasil, Cenaje da Silva Lemes, Cleberson da silva
Lemes, Cleberson Rodrigues Pantoja, Edilson Mamed da Costa Jr, Edjane
Mamed da Costa, Elvis Nazareno da Silva Miranda, Eric Coelho Pereira,
Francisco de Assis Lima Lopes, Iazonete Moreira Conde, Ilton Cardoso
Miranda, Jesus Nazareno Veracruz Lobato, João Elias Ferreira Lopes, João
Francisco Nunes da Fonseca, João Gustavo Ribeiro Maia, José Maria de
Araújo Silva, José Maria Soares de Albuquerque, Luís Otavio da Silva
Quaresma, Manoel Francisco da Costa Farias, Marcicleia Farias Vieira,
Maria Antônia Jaques Pereira, Maria da Conceição Rodrigues Matias, Maria
do Socorro Lima Brito, Milton Roberto de Oliveira Bentes, Nil Marcio Conceição Cutrim, Paulo Roberto Braga de Oliveira Bentes, Paulo Roberto
Mileo de Oliveira, Rafaela de Paula Souza Lima, Rubetania Gomes Dias,
Ruth Sueli Aires Passos de Carvalho, Samuel de Almeida da Luz, Valdinei
dos Santos Carvalho e Willi Marinho Alvez. Os funcionários públicos
envolvidos no esquema podem ser exonerados de seus cargos.
Abrangência - A Polícia
Civil ainda não divulgou o número de carteiras emitidas por fraude, mas
adianta que Abaetetuba ocupa o primeiro lugar no ranking de municípios
que mais cometeram a irregularidade; em segundo lugar está a capital
paraense, de acordo com o delegado Marcos Miléo, que presidiu o
inquérito em Abaetetuba.
'A prática, além de ser considerada fraudulenta, ainda gera efeitos
secundários negativos, como o aumento de acidentes e o caos no trânsito,
pois as pessoas não estão capacitadas para o manuseio de automóveis. No
esquema existem pessoas que não conseguem sequer escrever o nome, ou
que ainda apresentam problemas de visão. Estas terão a carteira de
habilitação suspensas e ainda estão passivas à punição penal', explica o
delegado. Ainda de acordo com ele, a ação era cometida por grupos
isolados que atuavam nos municípios.
As investigações agora seguem para outra etapa, cujo a estratégia será
definida a partir das provas colhidas da primeira fase, de acordo com o
delegado Felipe Pinheiro, que presidiu o inquérito instaurado em Belém.
Agora as investigações contarão com o auxílio do Centro de Perícias
Científicas Renato Chaves e do próprio DETRAN.
Pariticiparam da operação a Polícia Civil, Ministério Público Estadual e
Poder Judiciário. Ao todo, 300 policiais civis, divididos em 70
equipes, participarão das investigações. (Portal ORM)
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