Aécio criticou o que interpretou como tentativa presidencial de transferir responsabilidades para o Legislativo, citando propostas que, em sua avaliação, dependem apenas do governo federal e de sua base no Congresso. Ele contestou os argumentos de Dilma sobre os obstáculos que tem encontrado para a realização de reformas, lembrando que nunca um presidente teve tanto apoio do povo e dos membros do Congresso. O senador ainda criticou o governo por não chamar a oposição para o debate. - É essencial que a voz das oposições, que representam segmentos expressivos da sociedade brasileira, também possa ser ouvida - lamentou, dizendo que teria levado suas propostas a Dilma se tivesse sido chamado para um grande pacto nacional.
No plano que apresentou, Aécio propôs a proibição de acesso de pessoas condenadas por corrupção a cargos de livre nomeação pelo governo, e cobrou transparência sobre os gastos presidenciais, incluindo despesas em viagens ao exterior e cartões corporativos. Ele também pediu a eliminação dos orçamentos secretos permitidos pelo Regime Diferenciado de Contratações e uma ampla auditoria dos gastos de recursos públicos na Copa do Mundo.
- Surpreende-me ter visto a presidente da República ao longo dos últimos seis meses inaugurando estádios por todo o Brasil como se as obras suas fossem, e depois apresentar-se em cadeia de rádio e televisão como alguém que não tem qualquer responsabilidade por esses gastos - disse o senador.
Aécio pediu o apoio do Senado a auditorias dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para investimentos no exterior e dos investimentos da Petrobras nos últimos dez anos, e pediu reredução pela metade do número de ministérios e de cargos comissionados. Outra proposta de Aécio prevê a revisão da dívida dos estados, uma proposta objetiva sobre mobilidade - ele chamou de "requentado" o plano de Dilma para o setor - e a conclusão das obras de transporte planejadas para a Copa.
O senador concluiu exigindo o arquivamento do projeto do trem-bala, que considera um "desatino", uma política de controle do aumento dos gastos correntes e de "tolerância zero" com a inflação, e a aplicação de 10% do produto interno bruto (PIB) em educação. Entre outras sugestões, Aécio propôs ao governo federal dobrar seu investimento em segurança, desonerar empresas estaduais de saneamento básico, e rejeitar as PECs 37 e 33. (Ag. Senado)
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