A diferença entre o Brasil das palavras oficiais e o da vida real é abissal. Talvez o que nos salve da queda nas profundezas do abismo é o ziguezague, o mesmo que dona Dilma prefere quando viaja no AeroLula. (FSP, 26/05/2013).
Há poucos anos, odiavam o imperialismo americano; a Aliança para o Progresso era a aliança com o capeta; o Ponto4, um modo de converter os jovens ao sonhado American Way of Life. O Brasil, pobre menor abandonado, era a vítima preferencial dos grandes interesses internacionais.
Agora, o imperialismo é o nosso; a aliança, luzidia, é com os dirigentes africanos; é imprescindível convencer o mundo que o Brazilian Way of Life leva ao progresso e à igualdade social; e o pobre menor abandonado do momento, o continente africano, é a cópia mais perfeita que há. Povo miserável e dirigentes com contas em tamboretes internacionais criados para guardar o dinheiro que só circula entre os poderosos.
Não sei por onde andam os correspondentes estrangeiros. Sei é que o discurso oficial não bate com a realidade e que a imprensa estrangeira fala de um Brasil que não reconheço.
Se o Brasil fosse dissecado para exames veriam que não há, em seu grande organismo, nenhuma área onde as coisas funcionem a contento.
No Congresso as sessões dariam inveja ao Bussunda. Na Justiça, temos um presidente do STF convencido que a Liberdade de Imprensa é fundamental, mas que não sabe que para ser livre o jornalista não pode chafurdar: tem que ser altivo e respeitado.
Dos 39 ministérios, qual o que se pode gabar de que tudo vai bem?
Na Educação, que tem dois significados, Conhecimento e Polidez, o fracasso é medonho. Podemos saber a idade de determinados profissionais liberais por sua linguagem oral e escrita. É fácil constatar quando se formaram: há menos de 10 ou há mais de 20 anos.
Quanto à polidez, essa morreu. Foi substituída por uma franqueza que é pura violência. Nas mídias sociais, então, o que domina é a agressividade vulgar. Acham que liberdade de expressão é licenciosidade.
Na Economia a coisa vai mal. Não tenho conhecimento técnico, mas vivo e por estar viva faço feira, supermercado, farmácia e posso dizer sem medo de errar: a cada semana gasto mais comprando as mesmas coisas. Já conheço os passos dessa estrada e ao contrário da canção, sei onde vai dar...
Todo o episódio do boato que não sei se foi boato até agora serviu para algumas revelações: o Bolsa-Família é joia de vidro; a Caixa Econômica Federal é dividida em compartimentos estanques; a velocidade das notícias pode ser maior que a da luz; nosso povo está preparado para o que der e vier: não se iludam.
Dinheiro não nos falta. Perdoamos dívidas dos outros que somadas vão a mais de um bilhão. Mas não gastamos onde é preciso. Dona Dilma ainda não se apercebeu: há muitas nuvens negras entre as urnas e ela. Melhor lançar mão do ziguezague em terra também!
Há poucos anos, odiavam o imperialismo americano; a Aliança para o Progresso era a aliança com o capeta; o Ponto4, um modo de converter os jovens ao sonhado American Way of Life. O Brasil, pobre menor abandonado, era a vítima preferencial dos grandes interesses internacionais.
Agora, o imperialismo é o nosso; a aliança, luzidia, é com os dirigentes africanos; é imprescindível convencer o mundo que o Brazilian Way of Life leva ao progresso e à igualdade social; e o pobre menor abandonado do momento, o continente africano, é a cópia mais perfeita que há. Povo miserável e dirigentes com contas em tamboretes internacionais criados para guardar o dinheiro que só circula entre os poderosos.
Não sei por onde andam os correspondentes estrangeiros. Sei é que o discurso oficial não bate com a realidade e que a imprensa estrangeira fala de um Brasil que não reconheço.
Se o Brasil fosse dissecado para exames veriam que não há, em seu grande organismo, nenhuma área onde as coisas funcionem a contento.
No Congresso as sessões dariam inveja ao Bussunda. Na Justiça, temos um presidente do STF convencido que a Liberdade de Imprensa é fundamental, mas que não sabe que para ser livre o jornalista não pode chafurdar: tem que ser altivo e respeitado.
Dos 39 ministérios, qual o que se pode gabar de que tudo vai bem?
Na Educação, que tem dois significados, Conhecimento e Polidez, o fracasso é medonho. Podemos saber a idade de determinados profissionais liberais por sua linguagem oral e escrita. É fácil constatar quando se formaram: há menos de 10 ou há mais de 20 anos.
Quanto à polidez, essa morreu. Foi substituída por uma franqueza que é pura violência. Nas mídias sociais, então, o que domina é a agressividade vulgar. Acham que liberdade de expressão é licenciosidade.
Na Economia a coisa vai mal. Não tenho conhecimento técnico, mas vivo e por estar viva faço feira, supermercado, farmácia e posso dizer sem medo de errar: a cada semana gasto mais comprando as mesmas coisas. Já conheço os passos dessa estrada e ao contrário da canção, sei onde vai dar...
Todo o episódio do boato que não sei se foi boato até agora serviu para algumas revelações: o Bolsa-Família é joia de vidro; a Caixa Econômica Federal é dividida em compartimentos estanques; a velocidade das notícias pode ser maior que a da luz; nosso povo está preparado para o que der e vier: não se iludam.
Dinheiro não nos falta. Perdoamos dívidas dos outros que somadas vão a mais de um bilhão. Mas não gastamos onde é preciso. Dona Dilma ainda não se apercebeu: há muitas nuvens negras entre as urnas e ela. Melhor lançar mão do ziguezague em terra também!
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