Foi suspensa pela segunda vez a votação do PPA (Plano Plurianual),
que estava acontecendo na manhã desta terça-feira (2), na Câmara
Municipal de Belém. Desta vez o motivo foi a invasão de cerca de 200
manifestantes que protestavam pela aprovação de projeto de emenda sobre o
Passe Livre e pela redução da passagem de ônibus em Belém. Houve
princípio de confronto entre os manifestantes e Guarda Municipal. A
Guarda reagiu à invasão com bombas de gás. Na confusão, uma manifestante
ficou ferida. A primeira vez que a sessão foi suspensa foi na
segunda-feira (1), por falta de quórum.
A sessão de hoje foi retomada às 9h. Os vereadores pediram a
palavra, o que atrasou a votação do PPA, prevista para começar às 10h.
Logo na abertura houve princípio de tumulto. O comandante da Guarda
Municipal, coronel Carlos Machado, havia negociado com os manifestantes
para que não entrassem no plenário, mas assim que a sessão foi iniciada,
por volta das 11 horas, eles tomaram o plenário.
Os cerca de cinquenta guardas municipais, que já estavam dentro do
plenário, reagiram à invasão com bombas de gás. No tumulto uma
manifestante ficou ferida e foi encaminhada para atendimento médico. Por
conta do protesto, a sessão foi suspensa. Apenas um grupo menor de
manifestantes ainda ficou concentrado no estacionamento do prédio,
ameaçando invadi-lo novamente, mas foi contido pela Guarda Municipal.
O PPA determina as metas orçamentárias para os próximos quatro anos de gestão municipal para as áreas como saúde e educação. Das 440 emendas, metade já havia sido aprovada, apenas o restante entra em votação hoje.
A oposição reclama na demora em votar as emendas e diz que falta
vontade política. 'É bom frisar que a casa tem quatro projetos de passe
livre, que estão há mais de quatro meses sem apreciação. Acredito que
falta vontade política para votar as propostas de passe livre, inclusive
isso pode ser feito em uma sessão extraordinária', disse o vereador
Fernando Carneiro (PSOL), autor de um dos projetos de emenda à lei
orgânica do município de Belém.
O vereador da situação, Mauro Freitas (PSDC), diz que é a favor do
passe livre, mas acha que deve ser avaliado com cautela. 'O projeto deve
ser discutido amplamente. Temos que saber quem vai pagar as contas. Por
isso a discussão deve ser mais ampla, levada à Alepa. O governo deve
arcar com esse custo', comenta ele.
Freitas também critica a posição dos manifestantes e diz que eles
prejudicaram a votação do PPA porque os vereadores têm um prazo para
aprovar o Plano. A votação tem que ser concluída antes do recesso, que
deveria ter começado na segunda-feira (1).
Mais aqui >Manifestantes ocupam a CMB
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