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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Parada Gay: Edição deste ano foi a mais politizada de todas. Ativistas defenderam direitos humanos e liberdade de escolha.

Deram a largada à 12ª Parada do Orgulho Gay de Belém (foto), ontem, cerca de 500 mil pessoas segundo estimativas da coordenação e da Polícia Militar. Os organizadores, no entanto, esperavam a participação de um milhão num dos eventos mais politizados da história da passeata festiva. O ápice foi na avenida Presidente Vargas, quando o arrastão colorido atingiu cerca de 1 milhão de pessoas, segundo os organizadores. Neste ano, a ordem foi cobrar que o Brasil seja um estado laico de fato. Entre as fantasias de divas e divos, carícias e música eletrônica, os trios elétricos faziam ecoar discursos em defesa dos direitos humanos e da liberdade de escolha da sexualidade. Cartazes e faixas de protesto resistiram à chuva fina da tarde.

O coordenador do Grupo Homossexual do Pará (GHP), Ivan Cardoso, destacou que pelo menos 32 municípios paraenses estavam representados, seguindo cada um dos trios elétricos. O papel de um dos trios era distribuir 50 mil preservativos, numa campanha de reforço do sexo seguro. Não só gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) estavam presentes. Participaram muitos grupos de apoio e simpatizantes, como famílias e amigos.

"Não podemos aceitar o desrespeito e o retrocesso social. Queremos a implementação do estado laico de verdade, afinal, temos bancadas religiosas nas casas legislativas que barram políticas públicas para LGBT. Nossa luta segue pela criminalização da homofobia, para que seja um crime como é o racismo e a violência contra a mulher. Essa com certeza é uma (paradas) das mais políticas de todas", comentou Ivan, repudiando os deputados Jair Bolsonaro e Marco Feliciano.

O estilista Márcio "Marrakesh" Gomes, de 29 anos, disse que a parada de ontem foi uma das melhores e maiores. Ele acompanhou as quatro últimas e afirmou: "A luta desta parada é a mais importante da história, pois foi a que está num ano de mudanças no Brasil e num ano em que vimos os políticos inimigos dos direitos humanos mostrarem as garras deles. Precisamos lutar contra isso. E lutamos com luxo e beleza, tá?", comentou, exibindo uma brilhosa e felpuda fantasia.

As estudantes Érica Souza, de 21 anos, e Luane Rezende, 19, se sentiram livres para mostrar o amor em público. "Nossas famílias sabem e nos apoiam, mas sempre é um apoio meio com restrições. Acontece. O pessoal não entende, mas se esforça. Só que sofremos sim preconceito só por andar de mãos dadas, o que muitas amigas comuns fazem. Hoje podemos dar um beijo em público sem sermos discriminadas, ainda bem. Pensamos muito num mundo em que isso seja tão natural quanto com casais héteros", disse Érica.

Avaliação geral da manifestação foi positiva - Mesmo com alguns momentos de violência, a avaliação geral da parada 2013 foi positiva para a representante do governo do Estado, Bruna Lorrane, coordenadora de Proteção a Livre Orientação Sexual da Secretaria de Estado de Justiça de Direitos Humanos (Sejudh). "Essa foi a melhor parada dos últimos 12 anos. Essa foi a primeira vez que a prefeitura de Belém teve uma estrutura eficaz. Tivemos um índice mínimo de violência comparado com os outros anos", destacou.

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