O problema das constantes oscilações de energia elétrica em Santarém, oeste do Pará, está tão grave que afetou o atendimento a pacientes do Hospital Regional do Baixo Amazonas.
O comerciante Laudinor Rêgo faz tratamento contra o câncer de laringe e toda semana precisa passar por sessões de radioterapia e quimioterapia. Mas, há pelo menos duas semanas a luta contra a doença precisou ser interrompida. O acelerador linear, que é um equipamento usado no procedimento, foi danificado em virtude das constantes oscilações no fornecimento de energia no município. “Deu problema na máquina. Ajeitaram a máquina de novo e parou de novo. Acho que pra nós se torna à toa, porque não dá continuidade no tratamento. O único prejudicado é o paciente”, lamenta.
Vários equipamentos já precisaram de assistência técnica. Entre eles, o mamógrafo e a ressonância magnética. Os geradores também foram danificados. De acordo com a Pró-Saúde, empresa que administra o hospital, os prejuízos já somam mais de R$ 1 milhão. “O principal prejuízo é a assistência aos pacientes. Tivemos que cancelar vários procedimentos nessa semana, como cateterismo, neurocirurgia porque não tínhamos segurança elétrica para realizar o procedimento. Ou seja, o médico poderia estar em pleno procedimento cirúrgico, faltar a energia da Celpa, e o equipamento de segurança, que é o nosso gerador de força auxiliar foi queimado em função das oscilações de energia. O risco era grave”, informou o diretor do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Hebert Moreschi.
De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, a previsão é de que o acelerador linear volte a funcionar na próxima semana.
Na segunda-feira (2), os Ministérios Público, Estadual e Federal entraram com uma ação civil pública na Justiça contra a Celpa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a União.
"Pedimos liminarmente que a Aneel e a União promovam um estudo para identificar qual o problema técnico da Celpa. Uma vez identificados que a Celpa, em 90 dias, resolva esses problemas e que em 60 dias nós avaliemos. Se os problemas não forem resolvidos, pediremos liminarmente que a concessão seja extinta e que a União assuma em definitivo a distribuição de energia elétrica em Santarém", informou o procurador da República, Carlos Eduardo Raddatz. "Um pedido por danos morais coletivos, que seria revertido para um fundo estadual no valor de R$ 5 milhões, e um pedido de indenização genérica para que todos os consumidores lesados, se a ação for procedente ao final, possam ingressar com execuções individuais e cobrarem da Celpa aquilo que tiveram de prejuízo", finalizou.
Em nota, a Celpa informou que ainda não foi notificada sobre a ação civil pública e, caso seja notificada, a concessionária tomará as providências jurídicas cabíveis. A concessionária informou que investirá R$ 172 milhões na retomada de projetos estratégicos, como expansão do sistema, melhoria do fornecimento e reestruturação do atendimento, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas.
Sobre o Hospital Regional do Baixo Amazonas, a Celpa esclarece que já reuniu com a diretoria do hospital para definir uma série de ações relacionadas aos serviços de rede, manutenção e operações. Um medidor de qualidade de tensão foi instalado no hospital durante oito dias. Com base nos resultados, que já estão em análise, a Celpa identificará as necessidades do local e fará os ajustes. Fonte: No Tapajós
Vários equipamentos já precisaram de assistência técnica. Entre eles, o mamógrafo e a ressonância magnética. Os geradores também foram danificados. De acordo com a Pró-Saúde, empresa que administra o hospital, os prejuízos já somam mais de R$ 1 milhão. “O principal prejuízo é a assistência aos pacientes. Tivemos que cancelar vários procedimentos nessa semana, como cateterismo, neurocirurgia porque não tínhamos segurança elétrica para realizar o procedimento. Ou seja, o médico poderia estar em pleno procedimento cirúrgico, faltar a energia da Celpa, e o equipamento de segurança, que é o nosso gerador de força auxiliar foi queimado em função das oscilações de energia. O risco era grave”, informou o diretor do Hospital Regional do Baixo Amazonas, Hebert Moreschi.
De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, a previsão é de que o acelerador linear volte a funcionar na próxima semana.
Na segunda-feira (2), os Ministérios Público, Estadual e Federal entraram com uma ação civil pública na Justiça contra a Celpa, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e a União.
"Pedimos liminarmente que a Aneel e a União promovam um estudo para identificar qual o problema técnico da Celpa. Uma vez identificados que a Celpa, em 90 dias, resolva esses problemas e que em 60 dias nós avaliemos. Se os problemas não forem resolvidos, pediremos liminarmente que a concessão seja extinta e que a União assuma em definitivo a distribuição de energia elétrica em Santarém", informou o procurador da República, Carlos Eduardo Raddatz. "Um pedido por danos morais coletivos, que seria revertido para um fundo estadual no valor de R$ 5 milhões, e um pedido de indenização genérica para que todos os consumidores lesados, se a ação for procedente ao final, possam ingressar com execuções individuais e cobrarem da Celpa aquilo que tiveram de prejuízo", finalizou.
Em nota, a Celpa informou que ainda não foi notificada sobre a ação civil pública e, caso seja notificada, a concessionária tomará as providências jurídicas cabíveis. A concessionária informou que investirá R$ 172 milhões na retomada de projetos estratégicos, como expansão do sistema, melhoria do fornecimento e reestruturação do atendimento, beneficiando mais de 1 milhão de pessoas.
Sobre o Hospital Regional do Baixo Amazonas, a Celpa esclarece que já reuniu com a diretoria do hospital para definir uma série de ações relacionadas aos serviços de rede, manutenção e operações. Um medidor de qualidade de tensão foi instalado no hospital durante oito dias. Com base nos resultados, que já estão em análise, a Celpa identificará as necessidades do local e fará os ajustes. Fonte: No Tapajós
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