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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Aumento abusivo mostra risco dos planos de saúde coletivos

No país 6,6 milhões de usuários de planos de saúde estão ligados ao modelo coletivo por adesão, contratado por entidades como associações de classe, conselhos e sindicatos. Com forte apelo financeiro, esses convênios costumam atrair o consumidor pelo preço, mas podem esconder uma armadilha: como não têm reajustes regulados, podem trazer índices anuais de correção bem acima da inflação e do teto estabelecido pela agência reguladora (ANS). A combinação pode deixar ao longo do tempo a prestação do plano coletivo mais cara que a de um plano individual, além do risco de inviabilizar o contrato, obrigando o consumidor a abandonar a assistência, devido ao alto custo.

Os produtos por adesão chegam a custar de 30% a 40% menos que um plano de saúde individual. Considerando o valor médio da mensalidade de R$ 800 em planos com internação para maiores de 60 anos, a economia mensal do beneficiário pode atingir R$ 240; por ano são R$ 2,8 mil. Mas além do custo menor é preciso observar que os reajustes desses convênios não são controlados.

A escalada de percentuais acima da inflação acontece para justificar o equilíbrio financeiro das operadoras. Segundo especialistas no setor, ao receber a fatura corrigida o usuário acaba não tendo muito o que fazer. Como esses grupos são menores, a diluição dos custos é restrita a poucos, assim como o poder de negociação do usuário. Enquanto os planos individuais tiveram reajuste autorizado pela agência de 9,04% em 2013, a correção do plano coletivo pode superar em muito esse valor.

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