Na novela ‘Em Família’, do autor Manoel Carlos, Helena (Julia Lemmertz) e Laerte (Gabriel Braga Nunes), primos de primeiro grau, se apaixonam ainda adolescentes e ela engravida. Na vida real, a ideia de manter um relacionamento entre parentes tão próximos é motivo de preocupação quando o casal decide ter filhos, já que dobram as chances de o bebê ter problemas graves de saúde, como surdez e retardo mental.
“Os primos recebem cargas genéticas parecidas e é justamente nessa proximidade que está o perigo. Ele é proporcional ao grau de parentesco”, explica o geneticista e integrante da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Roni Zanenga.
A diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D’Or-Vida, Maria Cecília Erthal, explica que no caso de primos em primeiro grau, a chance de anomalias congênitas é de 6% a 7%. Para segundo e terceiro graus, a estimativa cai para 5% e 4%. Em casais não-consanguíneos, é de 2% a 3%. Entre os males que podem acometer o feto estão surdez congênita, cegueira, retardo mental e nanismo, além da fibrose cística — que afeta todo o desenvolvimento e pode causar morte prematura — e a fenilcetonúria, que gera atrasos no sistema psicomotor.
Segundo os especialistas, o bebê fruto do relacionamento entre primos deve ter uma triagem neonatal ampliada e um acompanhamento mais cuidadoso por toda a infância. “O ideal é que os pais tenham o cuidado de fazer a avaliação oftalmológica e da audição ao nascimento e aos 3 meses de idade. Depois, manter acompanhamento pediátrico regular, ao menos a cada seis meses na fase infantil”, recomenda Maria Cecília.
Para os casais de primos que pensam em ter herdeiros apesar dos riscos, o ideal é procurar aconselhamento genético junto a um especialista, antes da gravidez. No procedimento, o casal relata todas as doenças hereditárias conhecidas na família e passa por uma bateria de exames. A partir do relatório de risco, os futuros pais podem tomar a decisão com segurança e mais conscientes das possibilidades. (Jornal O Dia)
“Os primos recebem cargas genéticas parecidas e é justamente nessa proximidade que está o perigo. Ele é proporcional ao grau de parentesco”, explica o geneticista e integrante da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas Roni Zanenga.
A diretora-médica do Centro de Fertilidade da Rede D’Or-Vida, Maria Cecília Erthal, explica que no caso de primos em primeiro grau, a chance de anomalias congênitas é de 6% a 7%. Para segundo e terceiro graus, a estimativa cai para 5% e 4%. Em casais não-consanguíneos, é de 2% a 3%. Entre os males que podem acometer o feto estão surdez congênita, cegueira, retardo mental e nanismo, além da fibrose cística — que afeta todo o desenvolvimento e pode causar morte prematura — e a fenilcetonúria, que gera atrasos no sistema psicomotor.
Gabriel e Julia Lemmertz
E as doenças genéticas podem surgir não apenas na infância: cerca de 25% se manifestam no nascimento; os outros 75% ocorrem, em média, até os 15 anos, como as relacionadas à surdez e à cegueira. Por serem problemas ligados ao DNA, não há cura, explica Zanenga. Os tratamentos são apenas paliativos, para tentar melhorar a qualidade de vida dos portadores.
Segundo os especialistas, o bebê fruto do relacionamento entre primos deve ter uma triagem neonatal ampliada e um acompanhamento mais cuidadoso por toda a infância. “O ideal é que os pais tenham o cuidado de fazer a avaliação oftalmológica e da audição ao nascimento e aos 3 meses de idade. Depois, manter acompanhamento pediátrico regular, ao menos a cada seis meses na fase infantil”, recomenda Maria Cecília.
Para os casais de primos que pensam em ter herdeiros apesar dos riscos, o ideal é procurar aconselhamento genético junto a um especialista, antes da gravidez. No procedimento, o casal relata todas as doenças hereditárias conhecidas na família e passa por uma bateria de exames. A partir do relatório de risco, os futuros pais podem tomar a decisão com segurança e mais conscientes das possibilidades. (Jornal O Dia)
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