Fale com este blog

E-mail: ercio.remista@hotmail.com
Celular/watsap: (91) 989174477
Para ler postagens mais antigas, escolha e clique em um dos marcadores relacionados ao lado direito desta página. Exemplo: clique em Santarém e aparecerão todas as postagens referentes à terra querida. Para fazer comentários, eis o modo mais fácil: no rodapé da postagem clique em "comentários". Na caixinha "Comentar como" escolha uma das opções. Escreva o seu comentário e clique em "Postar comentário".

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Governo federal prepara uma ofensiva para barrar onda anti-Copa

O governo federal prepara uma ofensiva com foco publicitário para desarmar a bomba das manifestações com o mote Não vai ter Copa e transformar o Mundial em dividendos políticos para a presidente Dilma Rousseff. O primeiro passo foi oficializado ontem com a troca do comando da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República. Na quinta-feira, a ministra da Secom, Helena Chagas, pediu o afastamento do cargo, que será ocupado pelo jornalista Thomas Traummann (foto abaixo), atual porta-voz da Presidência.
Helena Chagas e Traummann
Thomas, que será empossado na segunda-feira, assume a pasta com a missão de coordenar as ações na internet e o diálogo com a imprensa para evitar que a população se volte contra o evento e cause mais desgaste à imagem da presidente. O Planalto não quer ver se repetir a queda na popularidade do governo, como ocorreu com as manifestações de junho.

A avaliação de um interlocutor próximo à presidente é que a comunicação falhou na falta de publicidade em relação ao governo. “Estamos sofrendo um ataque brutal por causa da Copa. Quem sabe, por exemplo, que os investimentos em infraestrutura são maiores que os dos estádios? Não tem uma ofensiva para enfrentar os ataques”, analisou. O entendimento predominante é de que o cidadão é induzido a achar que o Mundial está tirando os investimentos de outros setores. “Mas será que se não tivesse Copa o dinheiro chegaria aos outros setores? Isso tem que ser avaliado”, argumenta.

A nova proposta do governo será esclarecer quanto está sendo gasto com cada área e dizer qual a importância da Copa para o Brasil. Dados do Ministério do Esporte mostram que, até setembro, os investimentos em estádios estavam na ordem de R$ 8 milhões, enquanto em mobilidade urbana, aeroportos e portos chegam a aproximadamente R$ 15 milhões. “Esse tipo de informação isola ou reduz a importância daqueles que querem quebrar tudo, como agências bancárias, sob o argumento de que é símbolo do capitalismo. As manifestações vão ocorrer, mas não se pode permitir que esse tipo de corrente acabe tomando conta do conjunto”, ressalta.

Mesmo com o entendimento de que os protestos podem ser abafados com a ofensiva, o maior medo, porém, é da violência. Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, tanto a Secretaria de Grandes Eventos quanto a Defesa têm trabalhado de forma coordenada com os governos estaduais em um plano que buscará dar padrão “elevadíssimo” de segurança durante a Copa. “Se existir manifestação durante a Copa do Mundo, que se garanta a liberdade de ir às ruas, mas sem prejuízo do turismo, sem prejuízo dos jogos, sem prejuízo dessa grande festa que o Brasil terá com esta Copa e depois com as Olimpíadas”, minimizou.

A promessa do governo em relação aos protestos é atuar apenas quando a situação gerar vandalismo. Ele ressaltou que a posição do Planalto é clara: garantia do direito de protestar, pouco importando se concorda ou não com aquilo que é manifestado. “Quando tem situações ilícitas, aí o aparato policial e punitivo do Estado tem que agir para que isso não se coloque”, destacou o ministro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário