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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Joaquim Barbosa determina prisão de João Paulo Cunha

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal e relator da Ação Penal 470, o caso do mensalão, assinou na tarde desta terça-feira (4/2) o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha (PT-SP). Ele foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão por peculato e corrupção — o STF ainda deve analisar os Embargos Infringentes relativos à condenação a três anos de prisão por lavagem de dinheiro — e estava com a situação indefinida desde o começo de janeiro, quando Barbosa entrou de férias sem assinar o documento. A decisão será comunicada à Câmara dos Deputados, para que a Casa decida como será conduzido o processo de cassação do petista.
Manifesto - João Paulo Cunha (foto acima) publicou, na edição de domingo (2/2) do jornal Folha de S.Paulo, uma carta aberta a Joaquim Barbosa. No texto, ele afirmou que “o senhor pode muito, mas não tudo. Pode cometer a injustiça de me condenar, mas não pode me amordaçar, pois nem a ditadura militar me calou. O senhor me condenou sem me dirigir uma pergunta. Desconsiderou meu passado honrado, sem nenhum processo em mais de 30 anos como parlamentar”. O deputado também questionou por que o seu mandado de prisão não foi assinado:“o meu caso era urgente? Por que então não providenciou os trâmites jurídicos exigidos e não assinou o mandato de prisão? Não era urgente? Por que então decretou a prisão de afogadilho e anunciou para a imprensa?”. 

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