O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal e
relator da Ação Penal 470, o caso do mensalão, assinou na tarde desta
terça-feira (4/2) o mandado de prisão do deputado João Paulo Cunha
(PT-SP). Ele foi condenado a seis anos e quatro meses de prisão por
peculato e corrupção — o STF ainda deve analisar
os Embargos Infringentes relativos à condenação a três anos de prisão
por lavagem de dinheiro — e estava com a situação indefinida desde o
começo de janeiro, quando Barbosa entrou de férias sem assinar o
documento. A decisão será comunicada à Câmara dos Deputados, para que a
Casa decida como será conduzido o processo de cassação do petista.
Manifesto - João Paulo Cunha (foto acima) publicou, na edição de domingo (2/2) do jornal Folha de S.Paulo,
uma carta aberta a Joaquim Barbosa. No texto, ele afirmou que “o senhor
pode muito, mas não tudo. Pode cometer a injustiça de me condenar, mas
não pode me amordaçar, pois nem a ditadura militar me calou. O senhor me
condenou sem me dirigir uma pergunta. Desconsiderou meu passado
honrado, sem nenhum processo em mais de 30 anos como parlamentar”. O
deputado também questionou por que o seu mandado de prisão não foi
assinado:“o meu caso era urgente? Por que então não providenciou os
trâmites jurídicos exigidos e não assinou o mandato de prisão? Não era
urgente? Por que então decretou a prisão de afogadilho e anunciou para a
imprensa?”.
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