Ainda hoje, trabalhadores e visitantes serão convidados a cantar os parabéns no palco montado ontem e a cortar o bolo de cinco metros, oferecido pela Secretaria de Economia (Secon). A partir das 10 horas, haverá show com a cantora Ângela Carlos. Durante a programação, a população também contará com a prestação de serviços por profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma).
Amanhã, a programação começará a partir das 9 horas com apresentação do coral da Semob no palco central do Ver-o-Peso, seguido da banda da Guarda Municipal. O grupo de carimbó "Trilhas da Amazônia" assume o palco com músicas e danças regionais, a partir das 12 horas.
Local reúne doze atividades comerciais
Inaugurado no dia 27 de Março de 1627, o Ver-o-Peso se transformou em um complexo com quase 30 mil metros quadrados de área, onde circulam diariamente aproximadamente 50 mil pessoas. O Ver-o-Peso é importante não só pela representação histórica de Belém mas também para a economia do Estado. As 12 atividades comerciais - vendas de frutas, verduras e legumes, peixes, carne, mariscos, aves vivas, farinha, comida regionais, ervas e cheiros diversos, tucupi, maniva, açaí, artesanato e importados - estão espalhadas pelos Mercados de Peixe e de Carne, e pelas Feiras da Alimentação e do Açaí, que formam o Complexo do Ver-o-Peso. Diante de tantas atividades, o Complexo do Ver-O-Peso é visitado por dia por milhares de turistas. São turistas de outros Estados e até de outros países que visitam o local para uma simples foto e, principalmente, para a compra de frutas da região e das famosas ervas medicinais e cheiros do Pará.
No setor das ervas, a Tia Coló, ou Clotilde Melo de Souza, é famosa pela venda de plantas, perfumes, óleos e banhos de cheiro. "O Ver-o-Peso é tudo para mim; é a minha casa. É daqui que tiro o sustento dos meus filhos, pago as minhas contas e ajudo os meus netos. Daqui só saio quando morrer", destacou. Com 33 anos de feira, ela lembra que começou o serviço fazendo o transporte de sacas ao local. "Nunca mais saí. Me atrai o povo, o meu trabalho só de ser erveira", falou.
Entre os peixeiros, Fernando Souza e os seus 36 anos de trabalho no Mercado do Peixe são apontados com prestígio pelos próprios feirantes. De acordo com ele, esse foi o primeiro e único emprego que teve durante toda a vida devido à "relação de amor" que tem com o Ver-o-Peso e os clientes. "A feira representa conquistas minhas. Consegui formar os meus filhos, ter a minha casa própria e consigo ajudar a minha família. Chego 2 horas da manhã e saio daqui já 3 ou 4 horas da tarde", ressaltou. "É o ícone da nossa cidade. As pessoas vêm para cá, porque aprenderam a vir com os pais e isso vai passando de geração para geração", completou. (Orm News)
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