O presidente da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro
(CEV-Rio), Wadih Damous, disse que a morte do coronel reformado do
Exército Paulo Malhães (foto), de 76 anos, pode ter sido "queima de arquivo". O
coronel foi encontrado morto na manhã desta sexta-feira (25/4) em Nova
Iguaçu, Baixada Fluminense. A comissão vai cobrar uma investigação
minuciosa sobre a morte do militar.
“Nós queremos e esperamos que se abra imediatamente uma investigação rigorosa e que leve em consideração a possibilidade de queima de arquivo, de pessoas que não querem que a verdade sobre a época da ditadura venha a tona, já que o coronel tinha resolvido falar. Só para nós ele tinha prestado mais de 20 horas de depoimento”, disse o presidente da CEV-Rio.
“Nós queremos e esperamos que se abra imediatamente uma investigação rigorosa e que leve em consideração a possibilidade de queima de arquivo, de pessoas que não querem que a verdade sobre a época da ditadura venha a tona, já que o coronel tinha resolvido falar. Só para nós ele tinha prestado mais de 20 horas de depoimento”, disse o presidente da CEV-Rio.
Para Wadih Damous, não se pode ignorar o passado do militar, que há um
mês admitiu a participação em episódios de tortura durante a ditadura
militar. “É uma morte que não pode ser tratada como uma ocorrência
policial qualquer, ainda mais se tratando de quem se trata. Era um
agente graduado da repressão política, que se envolveu como protagonista
de episódios emblemáticos da época da ditadura, como mortes e
desaparecimentos. Tem que se averiguar a hipótese de que pode ter sido
morte por encomenda”, reiterou.
De acordo com a polícia, três homens invadiram a casa do coronel,
amarraram a mulher dele e o caseiro, e procuraram armas. Durante a ação
dos criminosos, o militar foi morto. O corpo do coronel está no
Instituto Médico-Legal de Nova Iguaçu, onde será determinada a causa da
morte. (Correio Braziliense)
Ou vindita. Nada pode ser afastado nas investigações.
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