Portal Terra
Com muito empenho e apoiado com uma bolsa de estudo, o aluno brasileiro Ramon Gonçalves, 19 anos, deixará a residência da mãe, em Belém (PA), para se mudar para os Estados Unidos. A única indefinição até o momento é qual será a cidade em que irá morar. Isso porque a decisão depende de qual universidade escolherá para estudar engenharia química. No início deste ano, ele foi aprovado em quatro instituições americanas: Cornell, em Nova York; Dartmouth, em Hanover; University of Southern California, em Los Angeles; e Amherst, na cidade com mesmo nome. O jovem conquistou ainda uma vaga na University of Helsinki, considerada a melhor da Finlândia, e no Instituto Militar de Engenharia (IME), que tem uma das seleções mais difíceis do Brasil.
O estudante avalia que as aprovações refletem uma combinação quase perfeita: apoio financeiro e muito estudo. E foi muito estudo mesmo. Em alguns meses ele chegou a adotar uma rotina pesada de aulas, que em alguns momentos chegou a quase 18 horas diárias. "Era pouco tempo. O jeito era aproveitar todos os momentos para aprender", resume.
O estudante avalia que as aprovações refletem uma combinação quase perfeita: apoio financeiro e muito estudo. E foi muito estudo mesmo. Em alguns meses ele chegou a adotar uma rotina pesada de aulas, que em alguns momentos chegou a quase 18 horas diárias. "Era pouco tempo. O jeito era aproveitar todos os momentos para aprender", resume.
A possibilidade de estudar no exterior é o resultado de uma trajetória
que começou em 2011, quando Ramon se destacou durante a Olímpiadas
Nacional de Química. Na época, o jovem morava com a mãe Ivete dos
Santos, em Belém. "A minha escola infelizmente não tinha a estrutura
necessária, como laboratórios. Após pedir ajuda ao coordenador da
Olímpiada, conquistei uma bolsa de estudos no Sistema Ari de Sá (SAS),
em Fortaleza (CE)", recorda. A mudança de vida foi radical. Ele passou a
morar num pensionato junto com outros 35 estudantes de diversas partes
do País e adotou uma carga horária de aula pesada. "Precisava recuperar o
conteúdo para ficar no mesmo nível dos colegas. Foi difícil",
reconhece.
Mas o sacrifício teve retorno e o resultado veio rapidamente. Na etapa
eliminatória das Olímpiadas Nacional, em agosto de 2011, ele ficou entre
os 40 melhores estudantes do País. Cinco meses depois, o jovem estava
entre os 15 melhores. Após imersões e muito estudo, terminou em 2º lugar
o Campeonato Nacional, em 2012, o que lhe rendeu vaga em competições
internacionais. Fora do País, Ramon conquistou uma medalha de bronze na
Olimpíada Internacional de Química, nos Estados Unidos, e uma de prata
na versão ibero-americana da competição, que ocorreu na Argentina.
E para provar que os investimentos em educação podem
gerar resultados importantes, Ramon está concluindo um projeto
diferenciado na área química. O estudo prevê a substituição do petróleo por derivados
da cana de açúcar na produção de polímeros como polietileno e
polipropileno, precursores da maioria dos plásticos e materiais usados
atualmente. O objetivo é reduzir o consumo de petróleo e amenizar o
impacto ao meio ambiente.
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