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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vale a pena ler: O abominável jeitinho brasileiro

Por Tais Luso de Carvalho em seu blog (http://taisluso.blogspot.com.br)
Vergo-me à conhecida frase (que não vem ao caso se é ou não de Charles de Gaulle), de que o Brasil não é um país sério. Infelizmente o Brasil fica a desejar no quesito honestidade. E isso é certo. No fundo, dá vergonha e uma enorme vontade é de esconder a sujeira não sei onde. O melhor é falar das nossas belezas naturais, falar de arte, literatura, da fauna e flora, da arquitetura, do cachorro da vizinha… Pelo menos se aprende alguma coisa. Custa a chegar uma notícia boa para dar um pouquinho de esperança e acalmar os nervos. Um fôlego.

São tantos escândalos, tantas as emoções que nosso orgulho vai perdendo as forças. E a nossa fragilidade vai ganhando espaço quando resolvemos comparar. O pior de tudo são as comparações. E pior é que nosso Hino continua lindo, faz acreditar num povo heroico e nas margens plácidas. Parece que acostumamos a viver em contradição.

Carregamos esse maldito jeitinho brasileiro que está embutido no DNA do país, o abominável, o aproveitador jeitinho. E isso aparece em tudo, principalmente no ano de eleições, em que muitos vendem seus votos em troca de pequenos favores; gente que vota em todas as eleições, no mesmo contraventor porque o camarada é simpático ou distribui dentaduras, cestas básicas, promessas descabidas aos necessitados – maior fatia do eleitorado. E depois desaparecem. Dá pra pensar que a criatura morreu. Não!! Ressuscita 4 anos mais tarde com mais amor pra dar. Aí é que falta investir em educação. Tornar as pessoas mais capazes, mais lúcidas para as escolhas. Para através do voto dar rumo ao país.

Criança sem instrução, sem oportunidade não vira anjinho, transforma-se num adulto desajustado e ladrão. Mas isso não quer dizer que os abastados sejam santos (nesses falta outros quesitos). A verdade é que só vestimos a mesma camiseta nas Copas do Mundo. Nesse ponto nosso patriotismo vai às lágrimas. Criamos uma corrente de solidariedade do Oiapoque ao Chui e uma irmandade do tamanho do país. Um só coração. Todos se dão as mãos para torcer pelo Brasil. Ganhar a Copa é questão de vida ou morte.

Mas o que somos, afinal? Somos um povo sem ídolos, sem ninguém que nos guie através do coração e da razão. Através de exemplos. Somos um povo (na maior parte) sem educação, que joga lixo nos rios, sofás e mil porcarias no riacho mais próximo. Um povo que joga lixo nas ruas e depois reclama que os bueiros entopem e as cidades viram um dilúvio com qualquer conta-gotas. Então fica assim: o Estado joga a culpa no povo que não tem educação, que não coopera, que sai quebrando tudo, e o povo continua a pedir escolas, educação, saúde… Mas o povo geralmente nada leva, os políticos ficam se amorcegando. E assim vamos vivendo, burlando as leis com o famoso Jeitinho Brasileiro.

Ao longo de nossa história aprendemos a nos fantasiar: adoramos brilhos; brilhamos feito neons. Temos o mais belo carnaval do mundo, lindas praias, sol pra vender, belos monumentos, cidades arborizadas, linda arquitetura... Mas rumando para a periferia não veremos mais plumas e rendas: vamos pedir é que Deus nos defenda! Estamos no ano de Eleições: a festa vai começar.

Um comentário:

  1. Alguém pode informar por que só se lembram desses fatos às vésperas de eleições?
    Coisa manjada. Esse tipo de propaganda é vergonhosa pois não acrescenta nada, não resolve nada. Apenas tenta embutir na cabeça dos desavisados que o governo da hora é ineficiente para ser reeleito.
    Quem não tem propostas e projetos, derruba o dos outros.
    A máxima é criar o caos e a insegurança; a incerteza e a vontade de mudar. Esse é o plano de quem não tem mais o que dizer ou acrescentar.

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