O Brasil ganhou um novo hino, por incrível que pareça. A partir de agora, todos os eventos voltados aos negros no país, como um congresso para discutir questões raciais ou um festival de cultura afro, terão obrigatoriamente que começar com a execução do Hino à Negritude, uma composição com mais de 70 anos de idade assinada por Eduardo de Oliveira, militante histórico do movimento negro no Brasil e primeiro vereador negro de São Paulo.
A lei que oficializa o hino e determina que seja "entoado em todas as solenidades dirigidas à raça negra" foi publicada ontem (29) no Diário Oficial da União após sanção da presidente Dilma Rousseff. A medida foi muito comemorada por setores do governo ligados ao movimento negro. A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, declarou que o hino "marca a participação dos negros na construção da história brasileira".
O autor do projeto no Congresso Nacional, o deputado Vicentinho (PT-SP), não fez questão de mostrar sobriedade. Para ele, conforme destacou o site da bancada no PT na Câmara, "este é um momento histórico para todo o país celebrar, já que o hino, mesmo escrito há mais de 70 anos, é atual".
Reproduzindo o tom ufanista de muitos hinos nacionais, o Hino à Negritude evoca imagens épicas logo no primeiro parágrafo: "Sob o céu cor de anil das Américas / Hoje se ergue um soberbo perfil / É uma imagem de luz / Que, em verdade, traduz / A história do negro no Brasil / Este povo, em passadas intrépidas / Entre os povos valentes se impôs / Com a fúria dos leões / Rebentando grilhões / Aos tiranos se contrapôs".
A letra também menciona Zumbi, o Quilombo dos Palmares e os orixás, e elogia a beleza da "tez cor de ébano". Morto em 2012, aos 86 anos, o autor Eduardo de Oliveira não viveu para ver sua obra ganhar as páginas do Diário Oficial.
A lei que oficializa o hino e determina que seja "entoado em todas as solenidades dirigidas à raça negra" foi publicada ontem (29) no Diário Oficial da União após sanção da presidente Dilma Rousseff. A medida foi muito comemorada por setores do governo ligados ao movimento negro. A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, declarou que o hino "marca a participação dos negros na construção da história brasileira".
O autor do projeto no Congresso Nacional, o deputado Vicentinho (PT-SP), não fez questão de mostrar sobriedade. Para ele, conforme destacou o site da bancada no PT na Câmara, "este é um momento histórico para todo o país celebrar, já que o hino, mesmo escrito há mais de 70 anos, é atual".
Reproduzindo o tom ufanista de muitos hinos nacionais, o Hino à Negritude evoca imagens épicas logo no primeiro parágrafo: "Sob o céu cor de anil das Américas / Hoje se ergue um soberbo perfil / É uma imagem de luz / Que, em verdade, traduz / A história do negro no Brasil / Este povo, em passadas intrépidas / Entre os povos valentes se impôs / Com a fúria dos leões / Rebentando grilhões / Aos tiranos se contrapôs".
A letra também menciona Zumbi, o Quilombo dos Palmares e os orixás, e elogia a beleza da "tez cor de ébano". Morto em 2012, aos 86 anos, o autor Eduardo de Oliveira não viveu para ver sua obra ganhar as páginas do Diário Oficial.
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