“Até os anos 1960, havia certo machismo, que aparece na poesia de
Manoel Bandeira e Vinicius de Moraes. Era a busca da prostituta ou da
mulher ideal. Com a pílula, as relações eróticas se modificaram.
Desvinculou-se amor da procriação. O conceito de família também mudou
muito. Não é mais baseado em duas pessoas de sexo diferente. E tudo isso
refletiu, obviamente, na literatura. Julgar isso é uma questão de ideologia. O que me incomoda no mundo,
hoje, é o cinismo. Vivemos numa sociedade cínica. O cínico é pessoa
ambígua. Ele é a favor e contra ao mesmo tempo. Te dou como exemplo as
chamadas artes plásticas atuais. São exemplos do cinismo, em que os
autores produzem coisas que não entendem, o público não entende e todo
mundo finge que entende. A vida é dura”
(Affonso Romano de Sant’Anna, escritor)Mais aqui >O ser humano não é feito para ser feliz’, diz escritor
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