Prestes a encerrar sua polêmica passagem pela presidência do Supremo Tribunal Federal - e de resto, pela própria Corte -, o ministro Joaquim Barbosa não abre mão de protagonizar mais uma cena contra os condenados na Ação Penal 470. Após deixar a relatória dos pedidos de trabalho externo de José Dirceu e Delúbio Soares e do pedido de retorno à prisão domiciliar de José Genoino, Barbosa concordou em colocar os processos em pauta nesta quarta-feira (25).
Mesmo sabendo que o pleno deve derrubar as decisões dele, que motivaram esses recursos, o presidente demissionário do STF quer marcar posição e novamente criticar alguns colegas ministros e a reavivar suas opiniões contra os condenados na AP 470.
Abaixo análise do jornalista Kennedy Alencar sobre o fato:
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, escolheu uma saída em grande estilo da mais alta corte de Justiça do país. Atendeu ao pedido do novo relator do processo do mensalão, o ministro Luís Roberto Barroso, de colocar os recursos de condenados no processo do mensalão na pauta do plenário do tribunal na próxima quarta-feira, 25 de junho.
Barbosa respondeu à ameaça de Barroso de decidir sozinho, caso os recursos não fossem analisados pelo conjunto do STF antes do recesso do Judiciário. O presidente do STF escolheu o enfrentamento. Ele sabe que a tendência é ser derrotado. O mais provável é o acolhimento dos recursos pelos colegas de Supremo.
No entanto, ao pautar esses assuntos, Barbosa terá a oportunidade de marcar novamente a sua posição _rigorosa no combate à corrupção, na visão de alguns, ou exagerada em relação ao PT, na opinião de outros.
Há possibilidade de um discurso duro, justificando a saída antecipada do STF justamente porque o tribunal estaria, com uma nova composição, revendo o julgamento de 2012. Existe chance de mais uma reprimenda aos demais ministros.
Novato no tribunal, Barroso resolveu fazer um contraponto incisivo a Barbosa. Ele substituiu Ricardo Lewandowski como o principal desafiante do mais popular presidente da história do Supremo.
Na próxima quarta, está previsto o julgamento do pedido de José Genoino, ex-presidente do PT, para deixar o presídio da Papuda e passar a cumprir o resto da pena em prisão domiciliar. Deverá ser analisada também a solicitação de trabalho externo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Barbosa indeferiu esse pleito.
Na sequência, deverão ser votados os pedidos de outros réus para retornar ao trabalho: Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), Romeu Queiroz (ex-deputado federal) e Rogério Tolentino (ex-advogado de Marcos Valério). Barbosa revogou as licenças de trabalho desses três condenados. Será uma sessão histórica.
Mesmo sabendo que o pleno deve derrubar as decisões dele, que motivaram esses recursos, o presidente demissionário do STF quer marcar posição e novamente criticar alguns colegas ministros e a reavivar suas opiniões contra os condenados na AP 470.
Abaixo análise do jornalista Kennedy Alencar sobre o fato:
Na despedida do STF, Barbosa escolhe enfrentamento
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, escolheu uma saída em grande estilo da mais alta corte de Justiça do país. Atendeu ao pedido do novo relator do processo do mensalão, o ministro Luís Roberto Barroso, de colocar os recursos de condenados no processo do mensalão na pauta do plenário do tribunal na próxima quarta-feira, 25 de junho.
Barbosa respondeu à ameaça de Barroso de decidir sozinho, caso os recursos não fossem analisados pelo conjunto do STF antes do recesso do Judiciário. O presidente do STF escolheu o enfrentamento. Ele sabe que a tendência é ser derrotado. O mais provável é o acolhimento dos recursos pelos colegas de Supremo.
No entanto, ao pautar esses assuntos, Barbosa terá a oportunidade de marcar novamente a sua posição _rigorosa no combate à corrupção, na visão de alguns, ou exagerada em relação ao PT, na opinião de outros.
Há possibilidade de um discurso duro, justificando a saída antecipada do STF justamente porque o tribunal estaria, com uma nova composição, revendo o julgamento de 2012. Existe chance de mais uma reprimenda aos demais ministros.
Novato no tribunal, Barroso resolveu fazer um contraponto incisivo a Barbosa. Ele substituiu Ricardo Lewandowski como o principal desafiante do mais popular presidente da história do Supremo.
Na próxima quarta, está previsto o julgamento do pedido de José Genoino, ex-presidente do PT, para deixar o presídio da Papuda e passar a cumprir o resto da pena em prisão domiciliar. Deverá ser analisada também a solicitação de trabalho externo do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Barbosa indeferiu esse pleito.
Na sequência, deverão ser votados os pedidos de outros réus para retornar ao trabalho: Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT), Romeu Queiroz (ex-deputado federal) e Rogério Tolentino (ex-advogado de Marcos Valério). Barbosa revogou as licenças de trabalho desses três condenados. Será uma sessão histórica.
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