A ausência de farmacêutico responsável, a falta de licença de funcionamento, a venda de medicamentos específicos (antibióticos, por exemplo) sem receita e condições de higiene inadequadas estão entre as infrações mais comuns.
“Os estabelecimentos que forem encontrados sem farmacêutico, sem licença para funcionar, sem procedência comprovada dos medicamentos ou outras irregularidades serão interditados até que os donos regularizem a situação. Há situações em que o estabelecimento se diz farmácia, mas não é. Há bares vendendo medicamentos, temos a venda livre de remédios controlados, que causam dependência, o que pode nos levar a pensar no tráfico de drogas. São muitas as irregularidades”, explicou o chefe da Divisão de Drogas e Medicamentos do Devisa, Randolfo Coelho.
No Tapanã, a Belém Pharma Distribuidora foi interditada pela segunda desde o ano passado. Mais uma vez, a ausência de documentação, de farmacêutico responsável e do registro de temperatura foram verificados pela equipe. Além disso, a venda de medicamentos fracionados, de antibióticos, mesmo sem receita, e de remédios de uso exclusivo em hospitais engrossaram a lista de infrações. Também foram encontrados produtos sem registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como a pílula do mato e creolina. O material foi recolhido e o proprietário notificado.
No conjunto Ariri Bolonha, no Sideral, outra interdição. Ali, a farmácia Aliança em Cristo foi fechada após os fiscais constatarem as mesmas infrações encontradas na Belém Pharma. Mas com um agravante: no local foram encontrados anabolizantes veterinários e Sibutramina (substância de emagrecimento de venda controlada) de origem paraguaia. Também foram encontradas ampolas de medicamentos desconhecidos, provavelmente anabolizantes, e sem registro da Anvisa. Nada tinha nota fiscal. Cinco sacas de medicamentos saíram cheias. “Isso é um risco. Pode levar a óbito. Ninguém deve se automedicar ou tomar qualquer substância sem prescrição médica e orientação do farmacêutico”, comentou o fiscal do CRF, Nelson Oliveira.
A proprietária da Aliança em Cristo, que não se identificou, disse aos fiscais que alunos de uma academia em frente à farmácia costumavam levar os anabolizantes para que fossem aplicados - um dos serviços oferecidos pela farmácia, além da retirada de pontos cirúrgicos e aplicação de injetáveis -, por uma técnica de enfermagem. Das janelas da academia, as pessoas acompanhavam o passo a passo dos técnicos. A denúncia feita pela proprietária da farmácia será investigada, mas as punições serão mantidas. (Jornal Amazônia)
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