Nigéria comemora o título de campeã do Grand Prix de Voleibol LGBT
Uma disputa de voleibol diferente. Os atletas são apresentados ao público através de um desfile, cheios de charme e muito glamour, mesmo trajando uniformes tradicionais, apesar de justos. Na comemoração, além dos habituais gritos, há também uma batida de cabelo e um beijinho no ombro, acompanhado, claro, de muita “provocação” ao adversário. Assim foi o Grand Prix de Vôlei LGBT, cuja final da 4ª edição aconteceu ontem, na quadra do ginásio Renê Monteiro, Zona Centro-Sul de Manaus. A Nigéria derrotou a Espanha por 3 sets a 1 (25 a 22/ 25 a 22/ 23 a 25/ 25 a 19) e sagrou-se a grande campeã de 2014.Antes do início da decisão, Daniel Coelho – que deixou a coordenação do evento ontem – fez questão de enfatizar, que o torneio tem como principal objetivo “levantar a bandeira da diversidade por meio do esporte”. Ele também declarou que continuará apoiando o evento, só que agora por “trás das cortinas”.
“Sempre vou apoiar o Grand Prix, e, claro, continuarei criando novas ações de enfrentamento a homofobia através de outros eventos. Na verdade, estou deixando a coordenação para buscar recursos para um projeto mais ousado, que são as Olimpíadas LGBT da Amazônia, em 2016”, comentou Daniel Coelho – jornalista e profissional de Educação Física.
Elonilson Lima, mais conhecido como Leo, de 34 anos, é o novo coordenador da competição. Ele faz parte do Grand Prix desde a primeira edição, em 2011, começou como atleta, depois trabalhou como técnico e também como árbitro.
“Fiquei surpreso e nervoso por ter sido escolhido para assumir a coordenação, mas decidi aceitar porque sei que é uma missão difícil, mas ao mesmo tempo prazerosa”, completou Leo, que cursa o quarto período de Educação Física.
Com um time de peso, formado especificamente para vencer o torneio, a Nigéria alcançou o objetivo, derrotando a Espanha – que participa do Grand Prix desde 2012, ano em que também foi vice-campeã –por 3 sets a 1 e levou o troféu da 4ª edição.
“Foi difícil, a Espanha é realmente um time muito bom e nós sabíamos disso. Mas a união da nossa equipe, que tem titulares e reservas maravilhosas, fez a diferença e nós conseguimos alcançar o nosso objetivo, que era vencer o Grand Prix de voleibol deste ano”, declarou a “treinadora” Teca, da Nigéria. (A Crítica)
Nenhum comentário:
Postar um comentário