Operação protagonizada pelo Greenpeace revelou uma rede de madereiras
ilegais que atuam no interior do Pará. Disfarçados de madereiros, os
ambientalistas foram disfarçados a diversas cidades do estado para
colocar aparelhos de GPS em caminhões que atuam de forma ilegal no
transporte de madeira, fruto do desmatamento da região amazônica.
A operação de vigilância mostrou como a exploração ilegal está superando as tentativas de frear o desmatamento na região norte do país. Segundo a ONG, é a primeira vez que essa tática é usada para este fim. De acordo com os resultados da operação, viagens de até 320 quilômetros em regiões de preservação da floresta são comuns para coletar troncos e retornar a serrarias no porto de Santarém.
A cidade concentra o principal pólo da indústria madeireira no Pará, estado que mais produz e exporta madeira da Amazônia. Segundo dados do Imazon, entre agosto de 2011 e julho de 2012, cerca de 78% das áreas com atividades madeireiras no Pará não tinham autorização de exploração.
O monitoramento revelou que ao menos 80 caminhões cruzam a cada noite a balsa pelo rio Curuá-Una, na PA-370, que vai até Santarém. O tráfego na balsa é mais intenso entre as 11 da noite e 1h30 da madrugada. De lá a madeira é exportada para várias partes do mundo como Europa, Estados Unidos, China e Japão. Imagens aéreas e de satélite também foram coletadas e analisadas durante a ação.
"A madeira ilegal é a porta de entrada para o desmatamento. A abertura de estradas por madeireiros torna a floresta mais suscetível à degradação e fragmentação. E, por passar despercebida pelos olhos dos satélites, esse tipo de destruição florestal nem entra na conta das emissões de gases do efeito estufa”, afirma Marina Lacôrte, da Campanha da Amazônia do Greenpeace. “Dadas às falhas estruturais do sistema de controle de madeira no Brasil e a histórica falta de governança na Amazônia, documentos oficiais não são suficientes para garantir a legalidade da madeira. Nossa investigação levanta muitas questões para as autoridades responsáveis em assegurar a origem responsável do produto – desde a floresta até o mercado”.
Em comunicado, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará declarou que a pesquisa do Greenpeace sobre o transporte de madeira ilegal revela a necessidade “de melhorar mecanismos de controle e monitoramento para evitar a exploração ilegal". A secretaria informou também que apesar dos avanços contabilizados nos últimos anos, ainda falta tecnologia e investimento para que o combate ao desmatamento seja efetivo.
Dados do governo brasileiro revelam que aproximadamente 20% da floresta amazônica foi destruída nas últimas três décadas, causando a morte de indígenas e a alta das emissões de carbono que contribuem para a mudança climática. O combate ao desmatamento feito pelo governo vem reduzindo o corte raso na última década, mas em 2013 o desmatamento aumentou quase um terço. (Correio Braziliense)
A operação de vigilância mostrou como a exploração ilegal está superando as tentativas de frear o desmatamento na região norte do país. Segundo a ONG, é a primeira vez que essa tática é usada para este fim. De acordo com os resultados da operação, viagens de até 320 quilômetros em regiões de preservação da floresta são comuns para coletar troncos e retornar a serrarias no porto de Santarém.
A cidade concentra o principal pólo da indústria madeireira no Pará, estado que mais produz e exporta madeira da Amazônia. Segundo dados do Imazon, entre agosto de 2011 e julho de 2012, cerca de 78% das áreas com atividades madeireiras no Pará não tinham autorização de exploração.
O monitoramento revelou que ao menos 80 caminhões cruzam a cada noite a balsa pelo rio Curuá-Una, na PA-370, que vai até Santarém. O tráfego na balsa é mais intenso entre as 11 da noite e 1h30 da madrugada. De lá a madeira é exportada para várias partes do mundo como Europa, Estados Unidos, China e Japão. Imagens aéreas e de satélite também foram coletadas e analisadas durante a ação.
"A madeira ilegal é a porta de entrada para o desmatamento. A abertura de estradas por madeireiros torna a floresta mais suscetível à degradação e fragmentação. E, por passar despercebida pelos olhos dos satélites, esse tipo de destruição florestal nem entra na conta das emissões de gases do efeito estufa”, afirma Marina Lacôrte, da Campanha da Amazônia do Greenpeace. “Dadas às falhas estruturais do sistema de controle de madeira no Brasil e a histórica falta de governança na Amazônia, documentos oficiais não são suficientes para garantir a legalidade da madeira. Nossa investigação levanta muitas questões para as autoridades responsáveis em assegurar a origem responsável do produto – desde a floresta até o mercado”.
Em comunicado, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará declarou que a pesquisa do Greenpeace sobre o transporte de madeira ilegal revela a necessidade “de melhorar mecanismos de controle e monitoramento para evitar a exploração ilegal". A secretaria informou também que apesar dos avanços contabilizados nos últimos anos, ainda falta tecnologia e investimento para que o combate ao desmatamento seja efetivo.
Dados do governo brasileiro revelam que aproximadamente 20% da floresta amazônica foi destruída nas últimas três décadas, causando a morte de indígenas e a alta das emissões de carbono que contribuem para a mudança climática. O combate ao desmatamento feito pelo governo vem reduzindo o corte raso na última década, mas em 2013 o desmatamento aumentou quase um terço. (Correio Braziliense)
Que vergonha. depredação total das nossas florestas, nas nossas empresas, Bancos, nas Estatais, Planos de Saúde, enfim, vou ficar por aqui pois teria uma página inteira so com as minhas observações. Regina Silva, Santarena
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