Cria da comunidade, Adriano nunca escondeu sua
amizade com pessoas com quem cresceu, mesmo depois que muitos deles, no
entanto, enveredaram pelo caminho do crime. A denúncia — na qual o MP
também representa contra Mica e um outro amigo deles, Marcos José de
Oliveira, que ficou de posse das motos — ressalta que Marlene Pereira de
Souza, a mãe do traficante e, segundo os documentos, dona do veículo, é
analfabeta. Na época, ela tinha 66 anos e nunca teve documento de
habilitação.
De acordo com a denúncia, Adriano “consentiu
que outrem utilizassem de bem de que tinham propriedade e posse para o
tráfico ilícito de drogas”. O documento ressalta que os traficantes da
comunidade tinham a necessidade de usar veículos velozes para se
locomover. Por isso, ainda segundo o MP, as motos
compradas legalmente pelo jogador teriam sido utilizadas. Os veículos,
de cores preta e vermelha, eram modelo Honda CB 600 teriam sido
compradas no cartão de crédito de Adriano.
A denúncia da 1ª Central de Inquéritos do
Ministério Público foi encaminhada ontem para a 29ª Vara Criminal do
Tribunal de Justiça. Caberá a juíza Maria Tereza Donatti analisar o teor
do documento e decidir se aceita ou não a denúncia. Os promotores, porém, não pediram a prisão do
jogador, mas, por temer a possibilidade de fuga, determinaram que ele
entregue seu passaporte.
Considerado sanguinário, o traficante Mica foi
preso em Maricá, em 2012. Já Adriano estava prestes a assinar contrato
com um clube da Segunda Divisão do futebol francês. (O Dia)
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