O Congresso Nacional ganhou iluminação especial ontem
(3) e realizou sessão solene para marcar a celebração do Novembro Azul,
campanha de conscientização sobre o câncer de próstata.
Até o fim deste ano devem ser registrados 68,8 mil novos casos de
câncer de próstata no Brasil, segundo previsão do Instituto Nacional do
Câncer (Inca). É o segundo câncer mais comum entre a população
masculina, depois do tumor de pele.
A próstata é uma glândula masculina localizada logo abaixo da bexiga e
à frente do reto. O câncer de próstata atinge principalmente homens
acima dos 50 anos. Histórico familiar, obesidade, alcoolismo e tabagismo
são fatores de risco para a doença.
Toque
Dieta balanceada, exercícios físicos e exames periódicos são formas
de prevenção. O teste PSA (antígeno prostático específico, na sigla em
inglês) pode identificar o aumento de uma proteína produzida pela
próstata. O toque retal, no entanto, ainda é o exame mais comum e dura
menos de 15 segundos. - O toque retal ainda é encarado com preconceito no Brasil. Os homens
têm mais cuidados com a manutenção do carro do que com a própria saúde.
As mulheres é que os levam ao consultório médico – disse a senadora Ana
Amélia.
Se diagnosticada no início, a doença tem chances de cura em mais de
90% dos casos. Em estágio avançado as chances caem para 35%. Pesquisa
realizada com 5 mil homens em seis capitais do país revelou que quase a
metade (44%) dos entrevistados nunca foi a um urologista.
- O governo tem que investir mais no homem. Se o Ministério da Saúde
dotasse 10% da sua verba no câncer de próstata, nós teríamos
possibilidade de tratar também o estágio avançado com as novas terapias,
as novas drogas – afirmou Carlos Eduardo Corradi, presidente da
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
A presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, também lamentou que
boa parte da população não consiga ter acesso a um urologista por meio
do Sistema único de Saúde (SUS) ou de fazer uma biopsia, nem fazer o
melhor tratamento disponível. (Ag.Senado)
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