De acordo com relatos de participantes, as conversas foram informais e nenhum assunto específico foi discutido entre os presentes. Não houve discurso e Dilma se limitou a cumprimentar e conversar separadamente com seus correligionários, circulando pelas diversas rodas de políticos que informalmente se formaram.
A disposição apresentada pela presidenta de promover mais diálogo, em seu primeiro discurso após o segundo turno, foi reforçada no encontro de hoje. De acordo com os presentes, o ambiente foi descontraído e as conversas, em sua maioria, trataram de amenidades.
O vice-presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (SP), disse que o momento não é para debates políticos com mais conteúdo, o que deve ocorrer no futuro. “Acho que foi um contato social acima de tudo, porque é comum que parlamentares gostem de estar juntos, presentes à Presidência da República. Então, acho que é um bom começo de um diálogo de conteúdo político, mas que não era o caso hoje”, disse.
Para ele, os últimos mandatos do partido na Presidência demonstraram que a bancada do PT seja “a principal base de apoio, não exclusiva, do governo” de Dilma, pelo seu tamanho, importância e lealdade.
“A palavra de ordem dela é o diálogo, e é um novo marco na relação dela com o Congresso e com a sociedade. Considero que foi um gesto alvissareiro dialogar com o PT ainda que não tenha solenidade de fala formal, foi um momento alto da relação da presidenta com o PT. Considero muito importante”, disse o deputado José Guimarães (CE), ao fim do encontro.
O parlamentar, que considera necessária uma recomposição da base aliada do governo no Congresso, ressaltou que a relação deste [Congresso]com a presidenta precisa ter um diálogo mais aperfeiçoado. Essa intenção, segundo Guimarães, foi apresentada pela própria Dilma.
“Estamos bem, vamos trabalhar, o desafio é enorme. Estou cansada, mas estou muito firme na disposição de ampliar o diálogo com o Brasil”, disse a presidenta conforme relatou o deputado.
O presidente do PT, Rui Falcão, disse que vai promover na próxima semana uma série de reuniões, a partir de segunda-feira (10), para continuar atendendo às demandas dos integrantes de seu partido. Na saída do coquetel, ele comentou a diferença entre as propostas de Dilma e do próprio PT sobre a aplicação de uma eventual regulação dos meios de comunicação.
Segundo ele, o partido prioriza neste momento a assinatura de um documento que pretende regulamentar o capítulo da Constituição Federal que trata da comunicação social. Rui Falcão avaliou que o primeiro item desse ponto deve ser a garantia da “mais ampla liberdade de expressão no país”, efetivada, em sua opinião, com o fim de monopólio e oligopólio nos meios de comunicações.
“O governo tem um ritmo e ela deve estar avaliando como se articula um projeto de tanta relevância, que encontra resistência, inclusive, em meios poderosos que se colocaram e se colocam contra nós. É natural que ela queira fazer uma consulta pública, ouvir mais”, disse.
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