Depois de apresentado pelo locutor da TV Câmara como ‘líder da minoria’, o orador limitou-se a sacar um gravador e aproximá-lo do microfone. Outra voz informou que a presidente da República iria fazer um pronunciamento à nação. E então se ouviu a mulher que fala dilmês, entre um insulto à inteligência alheia e um pontapé na sensatez, conta mais punhado de mentiras. Alguns exemplos:
“A partir de agora, a conta de luz das famílias brasileiras vai ficar 18% mais barata”
“É a primeira vez que isso ocorre no Brasil, mas não é a primeira vez que o nosso governo toma medidas para baixar o custo, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país e bem-estar para os brasileiros”
“No caso da energia elétrica, as perspectivas são as melhores possíveis. Com essa redução de tarifa, o Brasil, que já é uma potência energética, passa a viver uma situação ainda mais especial no setor elétrico. Somos agora um dos poucos países que está, ao mesmo tempo, baixando o custo da energia e aumentando sua produção elétrica”
“O Brasil vive uma situação segura na área de energia desde que corrigiu, em 2004, as grandes distorções que havia no setor elétrico e voltou a investir fortemente na geração e na transmissão de energia”
Até que Dilma encerrasse o palavrório, Araújo sublinhou o desfile de maluquices com expressões que simulavam assombro, admiração ou perplexidade. No microfone do plenário, parlamentares do PT imploravam ao presidente da Câmara que interrompesse o espetáculo do cinismo proporcionado pela chefe. “Há um orador na tribuna”, lembrou o líder da oposição, apoiado por colegas que saudavam com gargalhadas a grande ideia.
Em apenas 6min19, Bruno Araújo conseguiu, simultaneamente, mostrar que Dilma mente como quem respira e que diz tantas sandices que, agora, até o que resta da base alugada tenta censurar seus discursos. Mais um motivo para que a oposição explore com intensidade e competência o filão inesgotável descoberto pelo novo líder.
Que tal, por exemplo, reprisar na tribuna o vídeo abaixo, em que a doutora em nada capricha num falatório sobre a Petrobras? Na época, Dilma era chefe da Casa Civil, candidata à sucessão de Lula e presidente do Conselho Administrativo da estatal destruída pelo Petrolão. O besteirol merece ser lembrado no próximo dueto.
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