O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato nacional em defesa da Petrobrás
Em um ato precedido por confronto entre militantes petistas e defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu ontem, 24, em defesa de sua afilhada política após um dos períodos mais longos de afastamento entre os dois. Para o petista, a presidente “não pode dar trela” e deve “levantar a cabeça” ante as investigações do esquema de corrupção na Petrobrás.
“A nossa companheira Dilma Rousseff tem que deixar o negócio da Petrobrás para a Petrobrás, a corrupção para o ministro da Justiça ou para a Polícia Federal. A Dilma tem que levantar a cabeça e dizer ‘eu ganhei as eleições’”, afirmou Lula no evento convocado pela Central Única de Trabalhadores (CUT) e Federação Única dos Petroleiros (FUP) em defesa da Petrobrás, realizado na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no centro do Rio. - “Dilma não pode e não deve ficar dando trela, se não a gente fica paralisado”, acrescentou.
A presença do ex-presidente no evento é sinal de sua volta ao pelotão de frente na defesa do governo. Desde a reeleição, Dilma tem amargado derrotas no Congresso, o que acendeu o sinal amarelo no Palácio do Planalto. Para tentar reverter o placar desfavorável, a presidente buscou se reaproximar de Lula após mais de dois meses sem um encontro privado com o padrinho político. No último dia 12, os dois conversaram reservadamente em São Paulo.
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