O ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco (foto acima), afirmou à Justiça, em acordo de delação premiada, que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, recebeu de 150 milhões a 200 milhões de dólares em propina de 2003 a 2013, por meio de desvios e fraudes em contratos com a Petrobras. As revelações de Barusco, ex-braço-direito de Renato Duque, que comandava a Diretoria de Serviços por indicação do ex-ministro da Casa Civil e mensaleiro condenado José Dirceu, colocam mais uma vez o caixa do PT no centro do escândalo do petrolão e devem respingar diretamente nas campanhas políticas do partido, incluindo a da própria presidente Dilma Rousseff. Vaccari foi levado na manhã desta quinta-feira para a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo onde prestou esclarecimentos sobre a arrecadação de recursos para a legenda e foi liberado em seguida.
João Vaccari
No depoimento, Barusco fez questão de destacar a relação de proximidade entre Duque e Vaccari, nas palavras dele “um contato muito forte”. Segundo o ex-gerente, Duque e o tesoureiro petista costumavam se encontrar no Hotel Windsor, no Rio, e no Meliá, em São Paulo. Os encontros tinham finalidade clara: trocar informações sobre o andamento de contratos, projetos e licitações da Petrobras.
Ainda que tenha negado irregularidade no sistema de arrecadação de
campanhas do PT, Vaccari agora é confrontado pela primeira vez com as
informações do delator Pedro Barusco, que concordou em colaborar com a
Justiça em troca de reduções de pena. Após firmar o acordo de delação, o
ex-gerente confirmou, por exemplo, que iria devolver aos cofres
públicos impressionantes 97 milhões de dólares recolhidos a partir do
megaesquema de cobrança de propina na Petrobras.
Mais aqui > PT recebeu até US$ 200 milhões em propina
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