Cunha disse que proporá hoje (3) aos integrantes da Mesa Diretora da Câmara um recuo em relação à decisão de conceder passagens para cônjuges de parlamentares. Ele reconheceu que a repercussão não foi positiva. “Se não foi positiva, por que manter?”, indagou o presidente da Casa.
“Estou tomando minha decisão. Como propus a concessão de passagens e a Mesa decidiu, vou propor a revogação e ela tem de decidir. Não pode a decisão da Mesa ter causado desgaste e eu ser o salvador da pátria e revogá-la. Vou levar à Mesa [a proposta de recuo], para que ela tenha o direito de participar da nova proposta e concordar, ou não. A decisão cabe à Mesa. Minha proposta é de recuo”, afirmou Eduardo Cunha.
“O que posso afirmar é que haverá recuo. A Mesa decidirá em conjunto o tipo de recuo. Não pode ser uma ação voluntarista. Defendo criar uma condição, avaliar as excepcionalidades, que poderiam ser adotadas mediante decisão sobre cada caso. O parlamentar é que teria de requerer e nós definirmos o critério. Esta é a minha proposta”, acrescentou.
Para Eduardo Cunha, a decisão sobre concessão de passagens aos cônjuges de parlamentares não foi “precipitada, nem é preciso tomar mais cuidado”. Segundo ele, é bom quando alguém toma uma atitude, tem a tranquilidade de revê-la e de ter o direito de recuar. "Faz parte da democracia." Cunha disse que todos podem entrar em situações "por convicção" e depois perceber que essa convicção não teve a receptividade que permita mantê-las. 'Se todos fizessem assim, seria muito mais fácil a vida”, concluiu.
Vade retro, satanás.
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