Maestro Wilson Dias da Fonsêca (Isoca) e os filhos José Wilson, José Agostinho (Tinho) e Vicente José, todos santarenos. Juntos ou separados, sempre brilharam como compositores, como músicos e em outras profissões - magistrados, bancários, professores. Foto: Semana de Santarém/1972 - Teatro da Paz, em Belém
Por Emir Bemerguy, em dezembro/1975:
- MAESTROS DE PLANTÃO -
É de assombrar o que se vê por lá:
Tudo se toca - do piano à flauta,
Do acordeon ao simples afuxê.
Qualquer que seja o som, ele entra logo em "pauta":
O clarinete, berimbau, trombone,
O violino, a gaita, o xilofone!
O curió da casa canta em mi bemol;
"Swing", o cachorrinho sempre late em sol...
O galo do quintal sabe Chopin de cor
E até o pato grasna em lindo ré menor!
A lavadeira esfrega olhando as partituras
E a cozinheira é mestra em ópera e frituras...
A plebe rude fica embasbacada,
Pois, nesse time, quem não toca nada,
Entende de violão e bandolim!
Não sei se existe nesta Pátria amada
Outra Família harmoniosa assim!
Toda essa turma, ao pôr os pés no mundo,
Abriu o berrador já de violão em punho!
Por isso, ó meu Fonseca, é que usas e abusas
Das fusas, semifusas (para mim, confusas...)
E Santarém querida mimoseias
Com pentagramas, clavas e colcheias!
A qualquer hora, nesse alegre lar,
Os sons viajam, ternos, pelo ar...
A todo instante escuta-se canção,
Pois há sempre um Maestro de plantão!
Enfim, essa Família é bem mais afinada
Do que tentei dizer nesta infame versalhada!
Por Emir Bemerguy, em dezembro/1975:
- MAESTROS DE PLANTÃO -
É de assombrar o que se vê por lá:
Tudo se toca - do piano à flauta,
Do acordeon ao simples afuxê.
Qualquer que seja o som, ele entra logo em "pauta":
O clarinete, berimbau, trombone,
O violino, a gaita, o xilofone!
O curió da casa canta em mi bemol;
"Swing", o cachorrinho sempre late em sol...
O galo do quintal sabe Chopin de cor
E até o pato grasna em lindo ré menor!
A lavadeira esfrega olhando as partituras
E a cozinheira é mestra em ópera e frituras...
A plebe rude fica embasbacada,
Pois, nesse time, quem não toca nada,
Entende de violão e bandolim!
Não sei se existe nesta Pátria amada
Outra Família harmoniosa assim!
Toda essa turma, ao pôr os pés no mundo,
Abriu o berrador já de violão em punho!
Por isso, ó meu Fonseca, é que usas e abusas
Das fusas, semifusas (para mim, confusas...)
E Santarém querida mimoseias
Com pentagramas, clavas e colcheias!
A qualquer hora, nesse alegre lar,
Os sons viajam, ternos, pelo ar...
A todo instante escuta-se canção,
Pois há sempre um Maestro de plantão!
Enfim, essa Família é bem mais afinada
Do que tentei dizer nesta infame versalhada!
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