Segundo o ministro, a discussão em torno da Previdência tem que ser feita com a máxima responsabilidade. "Se querem fazer disputa política, disputa eleitoral, qualquer disputa que seja no Congresso Nacional, façam com outro tema. Não façam com um tema que coloca em risco as aposentadorias e as pensões de milhões de pessoas", afirmou. "Previdência é uma questão de Estado, não uma questão de governo."
Na última terça-feira, durante a votação de uma Medida Provisória que estende até 2019 o cálculo de atualização do salário mínimo, a Câmara aprovou uma emenda que aplica a mesma fórmula - a variação da inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes - para todos os benefícios do Regime Geral da Previdência.
Questionado sobre se a presidente Dilma Rousseff deve vetar a medida ou revogar toda a MP, como chegou a defender o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Gabas afirmou que ainda não participou de conversas no Executivo sobre qual o melhor encaminhamento. "O que a presidente Dilma determinou para nós (ministros) é entrar na discussão no Congresso Nacional, com as bancadas, em reunião de líderes e presidente dos partidos, explicando claramente o impacto das medidas", afirmou.
Para o ministro, a emenda incluída na MP, se for convertida em lei, pode ter duas consequências: "ou você inviabiliza a política do salário mínimo - ela tem que parar - ou você inviabiliza a Previdência Social."
Impacto - Gabas reconheceu que, em virtude do fraco desempenho do PIB, o impacto nos próximos anos deve ser pequeno. Mas alertou que muito mais perigoso é o efeito desse atrelamento ao longo do tempo. Como exemplo, ele citou que se a indexação da Previdência estivesse em vigor desde o início da política de valorização do salário mínimo, a conta acumulada, em valores de hoje, seria de R$ 150 bilhões. (Estadão)
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