A prisão temporária do presidente licenciado da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, surpreendeu a comunidade científica - o vice-almirante da reserva da Marinha é reconhecido como um dos mais importantes especialistas do mundo no domínio do complexo ciclo do combustível nuclear -, no caso do Brasil, o urânio enriquecido.
Engenheiro naval pela Escola Politécnica de São Paulo, formado em 1966, com especialização em engenharia nuclear no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Pinheiro da Silva é considerado referência internacional na pesquisa sobre o controle da tecnologia do ciclo completo do combustível nuclear.
É autor do projeto de criação das ultracentrífugas usadas no programa de enriquecimento do urânio utilizado para geração de energia e na futura propulsão nuclear de submarinos. É também o responsável pela consolidação do Centro Aramar, em Iperó (SP), onde é desenvolvida a pesquisa atômica nacional. Em 1994, recebeu do então presidente, Itamar Franco, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, por suas colaborações à ciência.
Programa nuclear. Aos 75 anos, Pinheiro da Silva é considerado o "pai" do programa nuclear brasileiro. Durante dez anos de ação sigilosa, esteve à frente do extinto Programa Nuclear Paralelo - desenvolvido pela Marinha, com apoio do Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (Ipen) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear -, cujo objetivo era tornar o Brasil potência nuclear. Neste período, foi o operador das contas Delta - contas secretas usadas para a compra, no exterior, de componentes nucleares destinados ao projeto brasileiro.
O programa ganhou impulso durante o governo do presidente militar João Figueiredo.
O empreendimento, que deixou de ser secreto em 1987 e foi oficializado pelo ex-presidente José Sarney, resultou no domínio do ciclo de produção do combustível nuclear, o urânio U235 enriquecido pelo processo de ultracentrifugação, e no desenvolvimento do sistema propulsor do submarino nuclear brasileiro em desenvolvimento no novo estaleiro da Marinha em Itaguaí, no Rio.
Em 1990, uma CPI foi instalada para investigar o programa nuclear paralelo. Na ocasião, foram revelados detalhes das operações financeiras clandestinas que sustentaram a iniciativa e sobre o comércio não autorizado de material nuclear. Quatro anos depois, Pinheiro da Silva deixou a coordenação do programa.Em outubro de 2005 (governo Lula), foi convidado para dirigir a Eletronuclear. Em abril deste ano, licenciou-se do cargo após a divulgação de denúncias envolvendo contratos firmados com fornecedores privados da construção da usina de Angra 3.
Engenheiro naval pela Escola Politécnica de São Paulo, formado em 1966, com especialização em engenharia nuclear no Massachusetts Institute of Technology (MIT), Pinheiro da Silva é considerado referência internacional na pesquisa sobre o controle da tecnologia do ciclo completo do combustível nuclear.
É autor do projeto de criação das ultracentrífugas usadas no programa de enriquecimento do urânio utilizado para geração de energia e na futura propulsão nuclear de submarinos. É também o responsável pela consolidação do Centro Aramar, em Iperó (SP), onde é desenvolvida a pesquisa atômica nacional. Em 1994, recebeu do então presidente, Itamar Franco, a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, por suas colaborações à ciência.
Programa nuclear. Aos 75 anos, Pinheiro da Silva é considerado o "pai" do programa nuclear brasileiro. Durante dez anos de ação sigilosa, esteve à frente do extinto Programa Nuclear Paralelo - desenvolvido pela Marinha, com apoio do Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (Ipen) e da Comissão Nacional de Energia Nuclear -, cujo objetivo era tornar o Brasil potência nuclear. Neste período, foi o operador das contas Delta - contas secretas usadas para a compra, no exterior, de componentes nucleares destinados ao projeto brasileiro.
O programa ganhou impulso durante o governo do presidente militar João Figueiredo.
O empreendimento, que deixou de ser secreto em 1987 e foi oficializado pelo ex-presidente José Sarney, resultou no domínio do ciclo de produção do combustível nuclear, o urânio U235 enriquecido pelo processo de ultracentrifugação, e no desenvolvimento do sistema propulsor do submarino nuclear brasileiro em desenvolvimento no novo estaleiro da Marinha em Itaguaí, no Rio.
Em 1990, uma CPI foi instalada para investigar o programa nuclear paralelo. Na ocasião, foram revelados detalhes das operações financeiras clandestinas que sustentaram a iniciativa e sobre o comércio não autorizado de material nuclear. Quatro anos depois, Pinheiro da Silva deixou a coordenação do programa.Em outubro de 2005 (governo Lula), foi convidado para dirigir a Eletronuclear. Em abril deste ano, licenciou-se do cargo após a divulgação de denúncias envolvendo contratos firmados com fornecedores privados da construção da usina de Angra 3.
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