O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) descartou a possibilidade de diálogo entre tucanos e petistas para o enfrentamento da crise política e econômica, ventilada nos bastidores por aliados da presidente Dilma Rousseff. Em artigo publicado nos jornais O Globo e O Estado de S.Paulo neste domingo (2), FHC diz que a proposta chegou tardiamente e poderia ser vista como “conchavo” ou um “abraço de afogados”. Para ele, a hora não é mais de entendimento entre partidos políticos, mas de a Justiça agir contra o governo.
“Tardiamente, círculos petistas se lembraram de que talvez fosse oportuno conversar com os tucanos… Parece a história do abraço do afogado. Calma, minha gente, há tempo para tudo. Há hora de conversar, hora de agir e hora de rezar”, escreveu o ex-presidente. “Para dialogar, não adianta se vestir em pele de cordeiro. Fica a impressão de que o lobo quer apenas salvar a própria pele”, acrescentou.
“Tardiamente, círculos petistas se lembraram de que talvez fosse oportuno conversar com os tucanos… Parece a história do abraço do afogado. Calma, minha gente, há tempo para tudo. Há hora de conversar, hora de agir e hora de rezar”, escreveu o ex-presidente. “Para dialogar, não adianta se vestir em pele de cordeiro. Fica a impressão de que o lobo quer apenas salvar a própria pele”, acrescentou.
Aqui> Leia a íntegra do artigo de Fernando Henrique publicado no Estadão
a) “Para colocá-lo (Lula) atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante.''
b) "Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país.''
Depois da repercussão negativa da entrevista, FHC emitiu uma nota para esclarecer que "Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora sua história.”
As idas e vindas de FHC devem-se ao fato de ele relutar em aceitar que "o líder operário", aquele que considera ser a sua maior criação como intelectual da esquerda uspiana e como presidente da República, é um tremendo fracasso que deve acabar no xilindró.
Quando lamenta que Lula está jogando fora a sua história, FHC está apenas falando de si próprio.
No site O Antagonista
Sociologizando FHC - No artigo do Estadão em que exprime a dúvida se o PT é lobo ou cordeiro (não é dúvida retórica), FHC diz "que a hora para agir já não é mais, de imediato, do Congresso e dos partidos, mas da Justiça". No entanto, na entrevista à revista alemã em que afirma que Dilma é "honrada", FHC diz também que:a) “Para colocá-lo (Lula) atrás das grades, é necessário haver algo muito concreto. Talvez ele tenha que depor como testemunha. Isso já seria suficientemente desmoralizante.''
b) "Isso dividiria o país. Lula é um líder popular. Não se deve quebrar esse símbolo, mesmo que isso fosse vantajoso para o meu próprio partido. É necessário sempre ter em mente o futuro do país.''
Depois da repercussão negativa da entrevista, FHC emitiu uma nota para esclarecer que "Se o merecer, quem dirá será a Justiça e é de lamentar, porque terá jogado fora sua história.”
As idas e vindas de FHC devem-se ao fato de ele relutar em aceitar que "o líder operário", aquele que considera ser a sua maior criação como intelectual da esquerda uspiana e como presidente da República, é um tremendo fracasso que deve acabar no xilindró.
Quando lamenta que Lula está jogando fora a sua história, FHC está apenas falando de si próprio.
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