“Os partidos também ficam doentes porque correm o risco de transformarem-se em agências de colocação de postos, de acômodo pessoal. Temos que lutar por partidos republicanos onde ninguém é mais do que ninguém. Nos quais os dirigentes aprendem a viver como a maioria do país e não como a minoria”, disse o uruguaio.
Com um discurso voltado para os riscos do consumismo e do apego exagerado ao dinheiro, Mujica também alertou sobre os perigos do personalismo político. Segundo ele, “presidentes não são monarcas”. - “Não há homens imprescindíveis, há causas imprescindíveis”, afirmou.
Enquanto petistas históricos, como o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, estão às voltas com suspeitas de enriquecimento pessoal no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, Mujica, um dos ícones da esquerda mundial, disse que os verdadeiros progressistas devem dar mais valor às coisas imateriais e que não há espaço na política para quem prioriza o dinheiro.
“A riqueza pela qual lutamos é o carinho das pessoas e não o dinheiro. Existe gente que gosta muito do dinheiro. Que sigam para o comércio, para a indústria mas na política, não”, pregou.
Mujica chegou a São Bernardo na sexta-feira (28) para participar do seminário “Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades do Século XXI”, promovido pela prefeitura.
Diga isso para o Lula.
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