Em uma reunião tensa com produtores rurais do Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira, 2, onde fazendeiros e indígenas disputam a posse de uma área no município de Antônio João, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, bateu boca com produtores rurais e ameaçou considerar crime, sujeito a investigação da Polícia Federal, qualquer tipo de incitação à violência na região.
Segundo relatos de pessoas que participaram da reunião com Cardozo, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), fazendeiros e o comando do Exército, Cardozo disse que o governo não admitiria mais violência quando uma produtora rural o interrompeu. "Não tenho medo de você", disse ela ao ministro. Cardozo respondeu no mesmo tom. "Você não deve ter medo de mim, mas da lei".
A fazendeira continuou tentando interromper o ministro que, então, ameaçou usar a Polícia Federal para impedir incitações à violência.
"Neste momento qualquer manifestação de incitação será vista como crime e objeto de investigação. A Polícia Federal está orientada neste sentido. Não entrem neste tipo de postura. Ou pacificamos ou não há conversa. A lei será cumprida. Se a senhora continuar neste tom em encerro a reunião. Não aceito qualquer tipo de ameaça", disse Cardozo.
A região conhecida como Ñande Rú Marangatú, na fronteira com o Paraguai, é palco de disputas há mais de três décadas. Desde 1983, pelo menos três lideranças indígenas foram mortos no local. O último deles foi o líder Guarani Kaiowá Simão Vilhaça, encontrado com um tiro na cabeça no último final de semana.
O espaço foi demarcado e homologado pelo governo como terra indígena, mas em 2005 o Supremo Tribunal Federal concedeu uma liminar caçando a decisão do governo. Nas últimas semanas os Guaraní Kaiowá, liderados por Vilhaça, decidiram invadir a área. Os fazendeiros da região reagiram tentando expulsar os indígenas à força. Desde então a Força Nacional está na região.
Depois do bate-boca com os produtores rurais, Cardozo se reuniu com lideranças indígenas.
Segundo relatos de pessoas que participaram da reunião com Cardozo, o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), fazendeiros e o comando do Exército, Cardozo disse que o governo não admitiria mais violência quando uma produtora rural o interrompeu. "Não tenho medo de você", disse ela ao ministro. Cardozo respondeu no mesmo tom. "Você não deve ter medo de mim, mas da lei".
A fazendeira continuou tentando interromper o ministro que, então, ameaçou usar a Polícia Federal para impedir incitações à violência.
"Neste momento qualquer manifestação de incitação será vista como crime e objeto de investigação. A Polícia Federal está orientada neste sentido. Não entrem neste tipo de postura. Ou pacificamos ou não há conversa. A lei será cumprida. Se a senhora continuar neste tom em encerro a reunião. Não aceito qualquer tipo de ameaça", disse Cardozo.
A região conhecida como Ñande Rú Marangatú, na fronteira com o Paraguai, é palco de disputas há mais de três décadas. Desde 1983, pelo menos três lideranças indígenas foram mortos no local. O último deles foi o líder Guarani Kaiowá Simão Vilhaça, encontrado com um tiro na cabeça no último final de semana.
O espaço foi demarcado e homologado pelo governo como terra indígena, mas em 2005 o Supremo Tribunal Federal concedeu uma liminar caçando a decisão do governo. Nas últimas semanas os Guaraní Kaiowá, liderados por Vilhaça, decidiram invadir a área. Os fazendeiros da região reagiram tentando expulsar os indígenas à força. Desde então a Força Nacional está na região.
Depois do bate-boca com os produtores rurais, Cardozo se reuniu com lideranças indígenas.
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