O Palácio do Planalto confirmou que o anúncio da reforma administrativa e ministerial prevista para acontecer ontem (24), foi adiado para a próxima semana. Em nota oficial (vide abaixo), a presidente Dilma Rousseff diz que está "efetivando proveitoso diálogo com os partidos políticos com representação no Congresso Nacional". Como justificativa para o adiamento, o Planalto informou que "alguns dos partidos que integram a base aliada solicitaram o adiamento do anúncio da nova composição ministerial, para que mais consultas possam ser realizadas".
Ainda de acordo com o Planalto, o objetivo da reforma é ampliar a eficiência e a boa gestão dos recursos públicos, assim como assegurar a estabilidade política e econômica do Brasil.
Dilma já havia avisado o vice-presidente Michel Temer que adiaria para a próxima semana o anúncio da reforma. Diante do impasse na definição do espaço a ser ocupado pelo PMDB na equipe, a presidente preferiu conversar mais com os aliados depois que retornar da viagem internacional.
Impasse - O impasse ocorreu porque a bancada do PMDB na Câmara exige dois ministérios. Um deles está acertado que será o da Saúde, hoje controlado pelo PT, mas os deputados não aceitam pôr em sua cota as pastas de Turismo, ocupada por Henrique Eduardo Alves, e Aviação Civil, comandada por Eliseu Padilha.
O líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), ameaçou desfazer o acordo com o governo e retirar as indicações feitas se a bancada não conquistasse duas vagas na Esplanada. "Se modificar, vou tirar todas as indicações e reunir a bancada novamente", disse Picciani ao Estado nesta quinta.Na manhã de ontem, Picciani entregou a Dilma a lista de sugestões com sete nomes.
Dilma ofereceu cinco ministérios para o PMDB, mas pode ampliar a participação do partido de Temer para seis, na tentativa de barrar eventuais pedidos de impeachment na Câmara e aprovar o ajuste fiscal.
A última proposta apresentada por ela previa que Eliseu Padilha permanecesse na Aviação Civil e Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), fosse deslocado da Secretaria da Pesca para Portos. Para abrigar Helder, a presidente desistiria de fundir Portos e Aviação. O plano de Dilma é incorporar a Pesca ao Ministério da Agricultura. Os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura), que representam a bancada do PMDB no Senado, continuam em seus postos.
Até agora, o favorito para ocupar o Ministério da Saúde, no lugar de Arthur Chioro (PT), é o deputado Manoel Junior, homem da confiança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Recentemente, Manoel Junior disse que situação de Dilma era "quase insustentável" e recomendou a sua renúncia.
Leia a íntegra da nota do Palácio do Planalto:
"A presidenta Dilma Rousseff está efetivando proveitoso diálogo com os partidos políticos com representação no Congresso Nacional. O objetivo é realizar uma reforma administrativa que amplie a eficiência e a boa gestão dos recursos públicos, bem como assegure a estabilidade política e econômica do Brasil. Alguns dos partidos que integram a base aliada solicitaram o adiamento do anúncio da nova composição ministerial, para que mais consultas possam ser realizadas. Assim sendo, a conclusão e o devido anúncio da reforma administrativa e ministerial serão na próxima semana".
Ainda de acordo com o Planalto, o objetivo da reforma é ampliar a eficiência e a boa gestão dos recursos públicos, assim como assegurar a estabilidade política e econômica do Brasil.
Dilma já havia avisado o vice-presidente Michel Temer que adiaria para a próxima semana o anúncio da reforma. Diante do impasse na definição do espaço a ser ocupado pelo PMDB na equipe, a presidente preferiu conversar mais com os aliados depois que retornar da viagem internacional.
Impasse - O impasse ocorreu porque a bancada do PMDB na Câmara exige dois ministérios. Um deles está acertado que será o da Saúde, hoje controlado pelo PT, mas os deputados não aceitam pôr em sua cota as pastas de Turismo, ocupada por Henrique Eduardo Alves, e Aviação Civil, comandada por Eliseu Padilha.
O líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), ameaçou desfazer o acordo com o governo e retirar as indicações feitas se a bancada não conquistasse duas vagas na Esplanada. "Se modificar, vou tirar todas as indicações e reunir a bancada novamente", disse Picciani ao Estado nesta quinta.Na manhã de ontem, Picciani entregou a Dilma a lista de sugestões com sete nomes.
Dilma ofereceu cinco ministérios para o PMDB, mas pode ampliar a participação do partido de Temer para seis, na tentativa de barrar eventuais pedidos de impeachment na Câmara e aprovar o ajuste fiscal.
A última proposta apresentada por ela previa que Eliseu Padilha permanecesse na Aviação Civil e Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), fosse deslocado da Secretaria da Pesca para Portos. Para abrigar Helder, a presidente desistiria de fundir Portos e Aviação. O plano de Dilma é incorporar a Pesca ao Ministério da Agricultura. Os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura), que representam a bancada do PMDB no Senado, continuam em seus postos.
Até agora, o favorito para ocupar o Ministério da Saúde, no lugar de Arthur Chioro (PT), é o deputado Manoel Junior, homem da confiança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Recentemente, Manoel Junior disse que situação de Dilma era "quase insustentável" e recomendou a sua renúncia.
Leia a íntegra da nota do Palácio do Planalto:
"A presidenta Dilma Rousseff está efetivando proveitoso diálogo com os partidos políticos com representação no Congresso Nacional. O objetivo é realizar uma reforma administrativa que amplie a eficiência e a boa gestão dos recursos públicos, bem como assegure a estabilidade política e econômica do Brasil. Alguns dos partidos que integram a base aliada solicitaram o adiamento do anúncio da nova composição ministerial, para que mais consultas possam ser realizadas. Assim sendo, a conclusão e o devido anúncio da reforma administrativa e ministerial serão na próxima semana".
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