Senador petista, preso por suposta trama para barrar a Lava Jato,
afirmou que jamais falou com ministros do Supremo; confrontado com
áudio, parlamentar confirmou sua voz.
O senador Delcídio do Amaral (PT/MS) afirmou à Polícia Federal ontem, 26, que disse a Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró – preso na Operação Lava Jato desde janeiro – que iria ajudar o ex-diretor da Petrobrás ‘apenas por uma questão humanitária, para confortar o familiar do réu preso’.
O senador foi confrontado com o áudio da conversa com o filho de Cerveró. “O senador deu as explicações de maneira contundente”, afirmou o advogado.
Preso na quarta-feira, 25, Delcídio está sob suspeita de envolvimento em uma trama para barrar a Lava Jato. Em conversa que Bernardo gravou, Delcídio disse que intercederia junto a ministros do Supremo Tribunal Federal para ajudar Cerveró.
Em seu depoimento, questionado sobre expressões utilizadas na conversa gravada por Bernardo no dia 4 de novembro, Delcídio afirmou. “Foram com intuito de dar uma palavra de esperança e de conforto para o familiar de um réu que está preso, mas jamais falei com qualquer ministro do STF sobre o assunto.”
“Apenas dei essa palavra de conforto vendo o desespero do filho de um dos presos. Ele (Bernardo) se apresentou a mim pedindo ajuda. Eu disse que ia ajudar e tentar interceder, mas isso foi apenas uma questão humanitária, para confortar o familiar do réu preso da Lava Jato”, declarou o senador à PF.
A PF quis saber de Delcídio sobre a participação do advogado Edson Ribeiro, defensor de Cerveró, procurado pela Interpol também por envolvimento no episódio. O senador disse que o advogado entrou em contato com ele e pediu uma reunião. “Levou junto (na reunião) o Bernardo. Eu recebi. Eu tinha uma relação próxima com Nestor Cerveró e com a família do Nestor Cerveró. Por esse motivo eu os recebi. Na conversa, Edson Ribeiro começou a relatar que tinha entrado com habeas corpus (para Cerveró), relatou o drama pessoal, o sofrimento pessoal que Nestor Cerveró está passando.Eu disse que ia tentar ajudar, mas foi uma palavra de conforto ao filho (Bernardo).”
Delcídio deverá ser ouvido novamente pela PF. Existem outras questões que os investigadores querem submeter ao senador, como por exemplo, sua ligação com o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, que ficaria responsável por uma suposta mesada de R$ 50 mil para a famíla de Cerveró, em troca do silêncio do ex-diretor da Petrobrás. Esteves também foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal.
O advogado Maurício Silva Leite, que defende o senador, declarou que Delcídio ‘foi esclarecedor’. “O depoimento do senador foi muito elucidativo e minucioso. Delcídio está à disposição para prestar novos depoimentos se for necessário.”
Maurício Silva Leite disse que ‘o senador está muito chateado’. “Aguardando sereno o desenrolar das investigações, mas muito chateado. Está muito preocupado com tudo isso que aconteceu.”
Leite foi taxativo quando indagado se o senador tentou subornar Cerveró. “Isso não ocorreu. Já está esclarecido no depoimento dele.”
O advogado disse que Delcídio não tentou obstruir a Lava Jato. “Isso foi esclarecido no depoimento.”
Maurício Silva Leite informou que quando encerrarem os depoimentos do senador na Polícia Federal a defesa deverá encaminhar pedido de revogação da prisão de Delcídio. (Estadão)
O senador foi confrontado com o áudio da conversa com o filho de Cerveró. “O senador deu as explicações de maneira contundente”, afirmou o advogado.
Preso na quarta-feira, 25, Delcídio está sob suspeita de envolvimento em uma trama para barrar a Lava Jato. Em conversa que Bernardo gravou, Delcídio disse que intercederia junto a ministros do Supremo Tribunal Federal para ajudar Cerveró.
Em seu depoimento, questionado sobre expressões utilizadas na conversa gravada por Bernardo no dia 4 de novembro, Delcídio afirmou. “Foram com intuito de dar uma palavra de esperança e de conforto para o familiar de um réu que está preso, mas jamais falei com qualquer ministro do STF sobre o assunto.”
“Apenas dei essa palavra de conforto vendo o desespero do filho de um dos presos. Ele (Bernardo) se apresentou a mim pedindo ajuda. Eu disse que ia ajudar e tentar interceder, mas isso foi apenas uma questão humanitária, para confortar o familiar do réu preso da Lava Jato”, declarou o senador à PF.
A PF quis saber de Delcídio sobre a participação do advogado Edson Ribeiro, defensor de Cerveró, procurado pela Interpol também por envolvimento no episódio. O senador disse que o advogado entrou em contato com ele e pediu uma reunião. “Levou junto (na reunião) o Bernardo. Eu recebi. Eu tinha uma relação próxima com Nestor Cerveró e com a família do Nestor Cerveró. Por esse motivo eu os recebi. Na conversa, Edson Ribeiro começou a relatar que tinha entrado com habeas corpus (para Cerveró), relatou o drama pessoal, o sofrimento pessoal que Nestor Cerveró está passando.Eu disse que ia tentar ajudar, mas foi uma palavra de conforto ao filho (Bernardo).”
Delcídio deverá ser ouvido novamente pela PF. Existem outras questões que os investigadores querem submeter ao senador, como por exemplo, sua ligação com o banqueiro André Esteves, presidente do BTG Pactual, que ficaria responsável por uma suposta mesada de R$ 50 mil para a famíla de Cerveró, em troca do silêncio do ex-diretor da Petrobrás. Esteves também foi preso por ordem do Supremo Tribunal Federal.
O advogado Maurício Silva Leite, que defende o senador, declarou que Delcídio ‘foi esclarecedor’. “O depoimento do senador foi muito elucidativo e minucioso. Delcídio está à disposição para prestar novos depoimentos se for necessário.”
Maurício Silva Leite disse que ‘o senador está muito chateado’. “Aguardando sereno o desenrolar das investigações, mas muito chateado. Está muito preocupado com tudo isso que aconteceu.”
Leite foi taxativo quando indagado se o senador tentou subornar Cerveró. “Isso não ocorreu. Já está esclarecido no depoimento dele.”
O advogado disse que Delcídio não tentou obstruir a Lava Jato. “Isso foi esclarecido no depoimento.”
Maurício Silva Leite informou que quando encerrarem os depoimentos do senador na Polícia Federal a defesa deverá encaminhar pedido de revogação da prisão de Delcídio. (Estadão)
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