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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Filho de Lula diz à PF que recebeu ‘valores por serviços contratados’

Luís Cláudio Lula da Silva,  filho do ex-presidente Lula. Foto: Paulo Pinto/Estadão
O empresário Luís Cláudio Lula da Silva (foto), filho do ex-presidente Lula, declarou ontem, 4, à Polícia Federal que por meio de sua empresa LFT prestou serviços à Marcondes e Mautoni nos anos de 2014 e 2015 e, por isso, recebeu ‘os valores que foram contratados’.

A Marcondes e Mautoni está sob suspeita de compra de Medidas Provisórias para favorecer o setor automotivo. Segundo a investigação, Luís Cláudio teria recebido R$ 2,4 milhões da Marcondes e Mautoni.

As informações sobre o depoimento do filho de Lula foram divulgadas por sua defesa.

Luís Cláudio é alvo da Operação Zelotes. A PF fez buscas na sede de suas empresas em São Paulo, por ordem da juíza Célia Regina Ody Bernardes, da 10.ª Vara Criminal Federal em Brasília.

Na semana passada, a PF intimou o filho de Lula para depor no inquérito. O depoimento ocorreria na PF em São Paulo, mas nesta quarta, Luís Cláudio foi a Brasília e prestou esclarecimentos diretamente ao delegado de Polícia Federal Marlon Cajado, que preside o Inquérito Policial nº 1424/15-4/DPF/DF.

Segundo o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o empresário, Luis Cláudio reafirmou ao delegado da PF ‘seu know how na área esportiva, fruto da passagem por 4 clubes de futebol do Estado de São Paulo (São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians)’. Ele esclareceu à PF detalhes da ‘prestação de serviços de marketing esportivo ao Corinthians e, ainda, por ser há 4 anos o organizador de um campeonato nacional de futebol americano’

LEIA NOTA DIVULGADA PELO ESCRITÓRIO TEIXEIRA, MARTINS ADVOGADOS, QUE DEFENDE A FAMÍLIA DE LULA:
“Luís Cláudio Lula da Silva prestou na data de hoje (04/11/2015), em Brasília (DF), esclarecimentos diretamente ao Delegado de Polícia Federal Marlon Cajado, que preside o Inquérito Policial nº 1424/15-4/DPF/DF.

No depoimento, Luis Cláudio explicou que a LFT prestou serviços à Marcondes e Mautoni nos anos de 2014 e 2015 e por isso recebeu desta última empresa os valores que foram contratados.

Luis Cláudio reafirmou ao Delegado Federal seu know how na área esportiva, fruto da passagem por 4 clubes de futebol do Estado de São Paulo (São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians), da prestação de serviços de marketing esportivo ao Corinthians e, ainda, por ser há 4 anos o organizador de um campeonato nacional de futebol americano. - Cristiano Zanin Martins”

JUÍZA QUE ORDENOU BUSCAS EM EMPRESA DE FILHO DE LULA DEIXA ZELOTES
A juíza substituta Célia Regina Ody Bernardes (foto), da 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, deixou ontem, 4, de conduzir a Operação Zelotes. A mudança no comando do caso ocorre menos de duas semanas após ela ordenar a prisão de seis suspeitos de comprar medidas provisórias no governo federal e de expedir mandado de busca e apreensão na sede de empresas de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O titular da 10ª Vara, Vallisney de Souza Oliveira, retorna ao seu cargo de origem. Ele reassumirá todo o seu acervo de processos e procedimentos, incluindo a investigação da Zelotes. Em 2012, Vallisney Oliveira arquivou inquérito que apurou tráfico de influência no Ministério da Casa Civil, durante a gestão Erenice Guerra. 

Investigadores responsáveis pelo caso, ouvidos por este jornal, veem a saída de Célia Regina com preocupação, já que ela adotou uma linha distinta da usada pelos juízes que a antecederam no caso ao deferir medidas mais duras contra os suspeitos. Por isso, teria imprimido um “padrão Moro” na investigação, uma referência ao juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato.

Desde o ano passado, Vallisney atuava como auxiliar convocado no gabinete do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Napoleão Nunes Filho. A permanência na função, que acabou nesta quarta-feira, poderia se renovada por mais dois semestres consecutivos, mas, em nota ao Estado, o STJ justificou que “juiz pediu para sair, por motivos particulares”. O tribunal acrescentou que o magistrado não continuou no gabinete porque “fez outra escolha”.

Vallisney não explicou oficialmente os motivos do retorno. Com o término da convocação, Célia Regina voltou a despachar nesta quarta-feira na 21ª Vara da Justiça Federal. A transferência, determinada pela Presidência do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, deve ser publicada nos próximos dias.

A magistrada assumiu os procedimentos da Zelotes em setembro. Mesmo com pouco tempo à frente do caso, foi tida como a responsável por mudar o curso da investigação criminal, ao aceitar as primeiras prisões de investigados e a ação no escritório de Luís Cláudio. As buscas foram duramente criticadas pelo PT.

A juíza concordou com os argumentos de dois procuradores da República, que consideraram muito suspeito o fato de uma empresa de Luís Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, ter recebido, em 2014, pagamentos vultosos de uma consultoria investigada por “comprar” medidas provisórias nos governos de Lula e de Dilma Rousseff. Os repasses foram revelados pelo Estado em 1º de outubro.

Os mandados foram assinados pela juíza no dia 23 de outubro e cumpridos pela Polícia Federal na última segunda-feira, durante a terceira fase da Zelotes. Na última quinta-feira, três dias após as ações, o STJ comunicou ao TRF1 o “término do período de convocação” de Vallisney.

As mudanças na 10ª Vara provocaram reações no Congresso. Nesta quarta-feira, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) propôs uma voto de aplauso à magistrada e disse temer que o afastamento seja a concretização de uma “operação abafa”. “Em nome da honra do Judiciário brasileiro, não é de bom tom que isso venha a se concretizar”, lamentou. (Fonte: Estadão)

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