O juiz federal Sergio Moro, responsável pela condução da maior parte dos processos da operação “lava jato”, negou ontem (26/1) ter dado entrevista ao jornal Correio da Manhã (que é um dos jornais mais importantes de Portugal) afirmando já possuir provas suficientes para prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na notícia falsa, que circula no WhatsApp e em páginas do Facebook com nomes como "Meupartidoé Brasil", "Direita Já" e "Que absurdo, estou revoltado", o suposto entrevistador do Correio da Manhã conta que Moro “concedeu gentilmente esta entrevista na manhã deste sábado, dia 24/01/16 [na realidade, dia 24 foi domingo]”. O texto já contabiliza dezenas de milhares de compartilhamentos.
O repórter imaginário destaca que não foi fácil combinar a conversa: teve que esperar mais de um ano para tanto, passar por um detector de metais no local do bate-papo e ser revistado duas vezes pelos seguranças do juiz. Isso tudo tem uma justificativa, explica o Sergio Moro da fábula virtual: “Estou jurado de morte”. O autor do texto ilustra o medo como num romance: “Ele agita a perna direita numa rapidez angustiante. Lança olhares frequentes em direção à janela, como se alguém pudesse escalar até a janela”.
De acordo com o hipotético relato, o juiz da “lava jato” é direto ao falar do ex-presidente. "Pode escrever aí: irei prender o Lula. Já tenho todas as provas documentais reunidas, é um material robusto de 14 mil páginas. Não há escapatória para Lula e sua família. Como juiz, serei obrigado a pedir sua prisão”.
Contudo, o Moro virtual reconhece no conto que tal medida causará comoção popular, uma vez que Lula ainda tem muitos apoiadores no Brasil. Como se o juiz fosse uma fada a atender pedidos, a publicação pede que as pessoas compartilhem o texto, para que o petista seja preso. "Hoje nós temos a internet como importante meio de manifestação, o Facebook em especial. As postagens na rede são um bom termômetro da vontade popular. É preciso que milhares, milhões de pessoas peçam a prisão do Lula para ela efetivamente se concretize. Isso pode ser feito pela internet. Precisamos de uma postagem que atinja a marca de um milhão de compartilhamentos para ganharmos força e legitimidade", diz o juiz, na falsa entrevista.
Porém, o Moro real não deixou que esse mito se propagasse por muito tempo, e emitiu nota nesta terça desmentindo a reportagem. O problema será chegar perto do número de compartilhamentos da falsa entrevista.
Clique aqui para ler a íntegra da nota da Justiça Federal do Paraná.
Na notícia falsa, que circula no WhatsApp e em páginas do Facebook com nomes como "Meupartidoé Brasil", "Direita Já" e "Que absurdo, estou revoltado", o suposto entrevistador do Correio da Manhã conta que Moro “concedeu gentilmente esta entrevista na manhã deste sábado, dia 24/01/16 [na realidade, dia 24 foi domingo]”. O texto já contabiliza dezenas de milhares de compartilhamentos.
O repórter imaginário destaca que não foi fácil combinar a conversa: teve que esperar mais de um ano para tanto, passar por um detector de metais no local do bate-papo e ser revistado duas vezes pelos seguranças do juiz. Isso tudo tem uma justificativa, explica o Sergio Moro da fábula virtual: “Estou jurado de morte”. O autor do texto ilustra o medo como num romance: “Ele agita a perna direita numa rapidez angustiante. Lança olhares frequentes em direção à janela, como se alguém pudesse escalar até a janela”.
De acordo com o hipotético relato, o juiz da “lava jato” é direto ao falar do ex-presidente. "Pode escrever aí: irei prender o Lula. Já tenho todas as provas documentais reunidas, é um material robusto de 14 mil páginas. Não há escapatória para Lula e sua família. Como juiz, serei obrigado a pedir sua prisão”.
Contudo, o Moro virtual reconhece no conto que tal medida causará comoção popular, uma vez que Lula ainda tem muitos apoiadores no Brasil. Como se o juiz fosse uma fada a atender pedidos, a publicação pede que as pessoas compartilhem o texto, para que o petista seja preso. "Hoje nós temos a internet como importante meio de manifestação, o Facebook em especial. As postagens na rede são um bom termômetro da vontade popular. É preciso que milhares, milhões de pessoas peçam a prisão do Lula para ela efetivamente se concretize. Isso pode ser feito pela internet. Precisamos de uma postagem que atinja a marca de um milhão de compartilhamentos para ganharmos força e legitimidade", diz o juiz, na falsa entrevista.
Porém, o Moro real não deixou que esse mito se propagasse por muito tempo, e emitiu nota nesta terça desmentindo a reportagem. O problema será chegar perto do número de compartilhamentos da falsa entrevista.
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