Após afirmar que não iria à festa de 36 anos do PT na noite de ontem, 27, a presidente Dilma Rousseff salientou que não governa só para o partido, mas para toda a população. Dilma falou a jornalistas em seu último dia de visita oficial ao Chile, antes de um almoço com a presidente chilena Michelle Bachelet.
"Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões de brasileiros", afirmou. Ao perceber o impacto da frase entre os que a ouviam, ela fez uma pausa e complementou: "Eu não governo só para o PT, só para o PSD, só para o PDT, ou só para o PTB, ou só para o para o PMDB". Ela disse não acreditar que as relações entre o governo e o PT devam se caracterizar por um posicionamento de adesão sem avaliação crítica. "Um partido é um partido, um governo é um governo."
A presidente acrescentou que gostaria de ir à celebração de aniversário do partido no Rio, mas a distância entre os dois países é muito longa e são quatro horas de viagem até Brasília. "O PT foi avisado que eu não compareceria", afirmou. A visita de Dilma a Bachelet foi organizada às pressas e teve uma agenda mais elástica que a usual. Na sexta-feira, o PT fez duras críticas ao plano de ajuste fiscal do governo.
Dilma disse esperar que todos os partidos "de sua base" ajudem a promover esse ajuste e a levar adiante a reforma da Previdência. "Eu espero que o PT, o PMDB, o PSD, o PP, o PRB, o PC do B, enfim, toda a minha base, espero que todos contribuam."
"Todos teremos que trabalhar um pouco a mais. Acho que é isso que assusta", disse, sobre o plano de mudar o regime de previdência.
'Trabalho' - A presidente ainda defendeu uma reforma previdenciária com período de transição longo, que permita à população se acostumar à ampliação do tempo de trabalho antes da aposentadoria. "É fundamental que trabalhemos um pouco mais. Mas não agora, não amanhã, não depois de amanhã. Eu acho que é o que pessoas temem", afirmou Dilma, antes de almoçar com a presidente chilena Michelle Bachelet.
Ela insistiu na necessidade de reformas fiscal e previdenciária, depois de ser questionada sobre a forma de o País recuperar o grau de investimento, retirado por três agências risco - a última delas foi a Moody´s, no dia 11. A presidente citou primeiro a necessidade de uma estabilização fiscal. "Isso não é um fim em si. Você faz isso porque é essencial para que se crie um ambiente favorável ao investimento. Um ambiente extremamente favorável, que esteja com inflação controlada e que permita que haja um horizonte de expectativas positivas."
A presidente convocou o País a se unir, criticou os pessimistas que "veem o copo meio vazio" e citou a Contribuição Sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a reforma previdenciária como medidas que empresários e sociedade devem aceitar.
Dilma afirmou que a mudança nas aposentadorias é necessária para que crianças e jovens não entrem precocemente no mercado de trabalho. "Precisamos reconhecer uma realidade, muito boa, de que a expectativa de vida aumentou. Aqueles que trabalham vão ter de sustentar progressivamente uma parte maior da população: os que se aposentam, as crianças e os jovens. Não queremos que esses jovens trabalhem. Serão eles que vão garantir o aumento da nossa produtividade."
"Eu não governo só para o PT. Eu governo para os 204 milhões de brasileiros", afirmou. Ao perceber o impacto da frase entre os que a ouviam, ela fez uma pausa e complementou: "Eu não governo só para o PT, só para o PSD, só para o PDT, ou só para o PTB, ou só para o para o PMDB". Ela disse não acreditar que as relações entre o governo e o PT devam se caracterizar por um posicionamento de adesão sem avaliação crítica. "Um partido é um partido, um governo é um governo."
A presidente acrescentou que gostaria de ir à celebração de aniversário do partido no Rio, mas a distância entre os dois países é muito longa e são quatro horas de viagem até Brasília. "O PT foi avisado que eu não compareceria", afirmou. A visita de Dilma a Bachelet foi organizada às pressas e teve uma agenda mais elástica que a usual. Na sexta-feira, o PT fez duras críticas ao plano de ajuste fiscal do governo.
Dilma disse esperar que todos os partidos "de sua base" ajudem a promover esse ajuste e a levar adiante a reforma da Previdência. "Eu espero que o PT, o PMDB, o PSD, o PP, o PRB, o PC do B, enfim, toda a minha base, espero que todos contribuam."
"Todos teremos que trabalhar um pouco a mais. Acho que é isso que assusta", disse, sobre o plano de mudar o regime de previdência.
'Trabalho' - A presidente ainda defendeu uma reforma previdenciária com período de transição longo, que permita à população se acostumar à ampliação do tempo de trabalho antes da aposentadoria. "É fundamental que trabalhemos um pouco mais. Mas não agora, não amanhã, não depois de amanhã. Eu acho que é o que pessoas temem", afirmou Dilma, antes de almoçar com a presidente chilena Michelle Bachelet.
Ela insistiu na necessidade de reformas fiscal e previdenciária, depois de ser questionada sobre a forma de o País recuperar o grau de investimento, retirado por três agências risco - a última delas foi a Moody´s, no dia 11. A presidente citou primeiro a necessidade de uma estabilização fiscal. "Isso não é um fim em si. Você faz isso porque é essencial para que se crie um ambiente favorável ao investimento. Um ambiente extremamente favorável, que esteja com inflação controlada e que permita que haja um horizonte de expectativas positivas."
A presidente convocou o País a se unir, criticou os pessimistas que "veem o copo meio vazio" e citou a Contribuição Sobre Movimentação Financeira (CPMF) e a reforma previdenciária como medidas que empresários e sociedade devem aceitar.
Dilma afirmou que a mudança nas aposentadorias é necessária para que crianças e jovens não entrem precocemente no mercado de trabalho. "Precisamos reconhecer uma realidade, muito boa, de que a expectativa de vida aumentou. Aqueles que trabalham vão ter de sustentar progressivamente uma parte maior da população: os que se aposentam, as crianças e os jovens. Não queremos que esses jovens trabalhem. Serão eles que vão garantir o aumento da nossa produtividade."
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