Não faz a egípcia Lulistas mandam recado: Dilma
Rousseff não poderá se dar ao luxo de não defender o padrinho. “Se
fingir que não é com ela, o PT vai abandoná-la em seguida”, diz um
interlocutor.
É comigo? Já dilmistas afirmam que a presidente tem
de agir com certo distanciamento para preservar seu governo da crise
envolvendo o antecessor.
Pera lá O Executivo, a propósito, está pelas tampas com
a PF e com o Ministério Público. No Planalto, ministros e assessores
classificam como um “desrespeito” nomear a nova fase da Lava Jato de
Triplo X, em alusão ao tríplex relacionado ao ex-presidente, e dizer que
Lula não é alvo preferencial da investigação.
Eu tenho a força Eduardo Cunha volta do recesso
aparentando mais força do que quando saiu. Além da avaliação no STF de
que pode não ser despejado da presidência da Câmara, estaria perto de
eleger Hugo Motta (PB) líder da bancada do PMDB, conforme cálculo
recente.
Questão de tempo O desemprego e a inflação estão
aumentando o número de desabrigados nas grandes cidades. Muito em breve,
começará uma grande jornada de invasões, prevê o MTST (Movimento dos
Trabalhadores Sem Teto). Na região metropolitana de SP, 6.000 famílias
sem moradia estavam inscritas na lista de espera do movimento. Em
janeiro, o número chegou a 11.000. Segundo líderes sociais, o mesmo
acontece em outras capitais e não tarda para que a cara da crise apareça
nas ruas.
Quem lidera? Segundo Guilherme Boulos, coordenador
do MTST, se o desemprego não parar de subir, protestos em massa contra o
governo serão inevitáveis. E a periferia pode, desta vez, entrar na
cena dos protestos. “A disputa hoje é sobre quem vai liderar isso. Pode
ser a direita ou podem ser os movimentos sociais”, diz.
Paradeira As greves também devem aumentar tanto no
serviço público quanto no privado. Em 2013, foram 2.050 paralisações. No
ano anterior, foram 877, segundo o Dieese. Quem acompanha os números
diz que o retrato de 2015 será em preto e branco.
Luiz Inácio avisou Lula mandou dizer à sucessora que
o governo não devia falar na reforma da previdência durante a reunião
do Conselhão. Mas Dilma deu de ombros. E conseguiu aumentar a já visível
animosidade entre ela e os movimentos sociais.
Voltamos! Sem dinheiro, governadores irão se reunir
na segunda (1º) para propor ao Planalto medidas de alívio ao
endividamento dos Estados. O encontro ocorrerá sob clima de irritação
com Dilma, que não atendeu pedido anterior, de adiamento da implantação
do piso nacional dos professores.
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