Wadih Damous
Damous (foto) afirmara que o Conselho Federal da OAB adotou “posição vergonhosa, golpista”, e que a entidade –“que deveria representar a advocacia nacional”– atualmente é dirigida por “caciquinhos de Estado” e “líderes paroquiais”, conforme reproduziu o site “Migalhas“:
“O Conselho Federal da OAB adotou uma posição vergonhosa,
golpista, em relação ao que acontece no Brasil hoje. Em 1964, também a
OAB apoiou o golpe, só que naquela época havia grandes vultos da
advocacia, como Sobral Pinto, Seabra Fagundes, Heleno Fragoso e outros
que recolocaram a OAB no caminho da democracia. Neste momento, a OAB
federal está resumida a mediocridades. O que deve acontecer na OAB é uma
oxigenação democrática, a OAB deve ter eleições diretas, o conselho
federal é eleito indiretamente, aí permite que esses caciquinhos de
Estado, esses líderes paroquiais tomem conta de uma entidade que deveria
representar a advocacia nacional. Então, é lamentável, é vergonhosa a
posição da OAB. (…) Infelizmente, a OAB entra no jogo político a favor
do golpe e fica em silêncio diante das perseguições e das violações das
prerrogativas dos advogados, não se manifesta. Infelizmente essa não foi
a OAB da qual eu fiz parte. Essa não é a OAB que lutou contra a
ditadura militar.”
***Eis a íntegra da carta enviada a Lamachia:
Senhor Presidente,
Venho pelo presente comunicado pedir sinceras desculpas por declarações recentes que divulguei a respeito de dirigentes e conselheiros federais de nossa honrada Ordem dos Advogados do Brasil.
Palavras que, no calor desse momento tão acirrado de paixões, soaram desrespeitosas e até mesmo grosseiras, destoando inclusive da lhaneza com que normalmente trato as questões atinentes à nossa categoria e suas entidades.
No meu intenso convívio com a OAB, como Presidente da Seccional do Rio de Janeiro e como Conselheiro Federal, construí amizades francas e desenvolvi admirações permanentes, comportamento que colide com esse mau momento, do que me penitencio. Sou homem de posições firmes, intransigente na defesa de princípios, do que não abro mão, conforme tenho demonstrado em todos os momentos da minha vida e na conjuntura atual.
Lamento e critico a decisão desse Conselho em apoiar o pedido de impeachment contra a senhora presidenta da república, pelos motivos sobejamente conhecidos desse colegiado.
Todavia, a gratuidade de afrontas não me é própria, razão pela qual desculpo-me e rogo ao senhor Presidente, aos senhores diretores e senhores conselheiros que as aceitem.
Atenciosamente, Wadih Damous - Deputado Federal PT/RJ
Venho pelo presente comunicado pedir sinceras desculpas por declarações recentes que divulguei a respeito de dirigentes e conselheiros federais de nossa honrada Ordem dos Advogados do Brasil.
Palavras que, no calor desse momento tão acirrado de paixões, soaram desrespeitosas e até mesmo grosseiras, destoando inclusive da lhaneza com que normalmente trato as questões atinentes à nossa categoria e suas entidades.
No meu intenso convívio com a OAB, como Presidente da Seccional do Rio de Janeiro e como Conselheiro Federal, construí amizades francas e desenvolvi admirações permanentes, comportamento que colide com esse mau momento, do que me penitencio. Sou homem de posições firmes, intransigente na defesa de princípios, do que não abro mão, conforme tenho demonstrado em todos os momentos da minha vida e na conjuntura atual.
Lamento e critico a decisão desse Conselho em apoiar o pedido de impeachment contra a senhora presidenta da república, pelos motivos sobejamente conhecidos desse colegiado.
Todavia, a gratuidade de afrontas não me é própria, razão pela qual desculpo-me e rogo ao senhor Presidente, aos senhores diretores e senhores conselheiros que as aceitem.
Atenciosamente, Wadih Damous - Deputado Federal PT/RJ
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