Diante de divergências internas do PMDB, explicitadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, o governo Dilma deve deixar para a próxima semana a "repactuação" do ministério, com a distribuição de mais pastas para aliados como PP e PR.
O adiamento foi sugerido pelo ex-presidente Lula, que tem defendido que o Palácio do Planalto avalie melhor as mudanças ministeriais para tentar segurar pelo menos uma parcela do PMDB.
O projeto original do governo era fechar nesta sexta (1o) a nova composição ministerial, com a demissão dos peemedebistas. Agora, o Planalto já admite manter pelo menos dois dos sete ministros que o partido tinha antes de romper com o governo.
Ontem (31), dois dias depois do rompimento, o presidente do Senado classificou de "precipitada" a reunião do diretório que decidiu pelo desembarque e afirmou que a decisão não representou um "movimento consistente".
Segundo interlocutores de Renan, ele não pretende fazer uma defesa pessoal da presidente, mas continua contrário ao impeachment. Na noite desta quinta, Renan se reuniu com Dilma e fez um apelo pela permanência de ministros do PMDB no governo.
Na véspera, a presidente havia concluído que não haveria espaço para manter os seis ministros peemedebistas que pretendem continuar na Esplanada. Pelo desenho esboçado no jantar, seriam mantidos apenas Hélder Barbalho (Portos) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).
Segundo relatos, o próprio ex-presidente havia avaliado que a manutenção de Kátia Abreu (Agricultura) e Marcelo Castro (Saúde) não traria apoio relevante para arquivar o processo de afastamento da petista. Além deles, sairiam também Eduardo Braga (Minas e Energia) e Mauro Lopes (Aviação Civil).
Os ministros peemedebistas, no entanto, procuraram Lula para que ele intercedesse junto à presidente pela manutenção de Castro e Kátia. O apelo levou o petista a defender, segundo um assessor, a necessidade de "equilibrar melhor" a questão.
Dentro do Planalto, uma ala defende que a presidente decida nesta sexta quem vai deixar os cargos e publique até segunda as exonerações.
Segundo um auxiliar presidencial, o governo não pode ficar "imobilizado" pela crise interna do PMDB, o que pode inviabilizar o plano de fortalecer siglas como PP, PR e PSD na Esplanada dos Ministérios em busca dos 171 votos para barrar o impeachment na Câmara.
Os três partidos planejam aderir ou recusar à ofensiva do governo em bloco. A cúpula do PP, por exemplo, vem adiando o momento de dar uma resposta ao governo para poder avaliar como o quadro vai se desenrolar nos próximos dias. Ao partido foi ofertada a pasta da Saúde.
O PR recebeu a proposta de ocupar o Ministério de Minas e Energia, mas fez a contrapartida de ficar com a Agricultura, o que levou a atual ministra Kátia Abreu a articular migrar do PMDB para esta legenda. A cúpula do PR, porém, resiste a essa mudança.
Nesta quinta foram demitidos peemedebistas em órgãos como Departamento Nacional de Obras contra a Seca e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A expectativa é de que novas demissões sejam publicadas. Réu no processo do petrolão e um dos principais adversários do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou nesta quinta a oferta de cargos pelo governo para tentar barrar o impeachment de "feirão do petrolão".
O adiamento foi sugerido pelo ex-presidente Lula, que tem defendido que o Palácio do Planalto avalie melhor as mudanças ministeriais para tentar segurar pelo menos uma parcela do PMDB.
O projeto original do governo era fechar nesta sexta (1o) a nova composição ministerial, com a demissão dos peemedebistas. Agora, o Planalto já admite manter pelo menos dois dos sete ministros que o partido tinha antes de romper com o governo.
Ontem (31), dois dias depois do rompimento, o presidente do Senado classificou de "precipitada" a reunião do diretório que decidiu pelo desembarque e afirmou que a decisão não representou um "movimento consistente".
Segundo interlocutores de Renan, ele não pretende fazer uma defesa pessoal da presidente, mas continua contrário ao impeachment. Na noite desta quinta, Renan se reuniu com Dilma e fez um apelo pela permanência de ministros do PMDB no governo.
Na véspera, a presidente havia concluído que não haveria espaço para manter os seis ministros peemedebistas que pretendem continuar na Esplanada. Pelo desenho esboçado no jantar, seriam mantidos apenas Hélder Barbalho (Portos) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia).
Segundo relatos, o próprio ex-presidente havia avaliado que a manutenção de Kátia Abreu (Agricultura) e Marcelo Castro (Saúde) não traria apoio relevante para arquivar o processo de afastamento da petista. Além deles, sairiam também Eduardo Braga (Minas e Energia) e Mauro Lopes (Aviação Civil).
Os ministros peemedebistas, no entanto, procuraram Lula para que ele intercedesse junto à presidente pela manutenção de Castro e Kátia. O apelo levou o petista a defender, segundo um assessor, a necessidade de "equilibrar melhor" a questão.
Dentro do Planalto, uma ala defende que a presidente decida nesta sexta quem vai deixar os cargos e publique até segunda as exonerações.
Segundo um auxiliar presidencial, o governo não pode ficar "imobilizado" pela crise interna do PMDB, o que pode inviabilizar o plano de fortalecer siglas como PP, PR e PSD na Esplanada dos Ministérios em busca dos 171 votos para barrar o impeachment na Câmara.
Os três partidos planejam aderir ou recusar à ofensiva do governo em bloco. A cúpula do PP, por exemplo, vem adiando o momento de dar uma resposta ao governo para poder avaliar como o quadro vai se desenrolar nos próximos dias. Ao partido foi ofertada a pasta da Saúde.
O PR recebeu a proposta de ocupar o Ministério de Minas e Energia, mas fez a contrapartida de ficar com a Agricultura, o que levou a atual ministra Kátia Abreu a articular migrar do PMDB para esta legenda. A cúpula do PR, porém, resiste a essa mudança.
Nesta quinta foram demitidos peemedebistas em órgãos como Departamento Nacional de Obras contra a Seca e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A expectativa é de que novas demissões sejam publicadas. Réu no processo do petrolão e um dos principais adversários do governo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chamou nesta quinta a oferta de cargos pelo governo para tentar barrar o impeachment de "feirão do petrolão".
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