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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Joaquim Barbosa abre escritório de advocacia em SP

Sobrado no qual Joaquim Barbosa alugou espaço para abrir escritório, no Jardim Paulista 
Um discreto sobrado marrom (foto) geminado de dois andares em formato de caixa de sapato é o novo endereço de trabalho do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa.

Aposentado desde 2014, depois de ganhar popularidade como relator do processo do mensalão e figurar como possível presidenciável, o ex-ministro voltou sem alarde ao mundo jurídico, mas agora do outro lado do balcão, como advogado.

Mudou-se para São Paulo e, no dia 16 de fevereiro, foi inscrito na seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Juntou-se a Cesar Janoti e Thiago Sorrentino, dois de seus ex-auxiliares da época de Supremo, para advogar nas áreas penal, tributária, empresarial, constitucional, administrativa e de mediação e arbitragem.

Quem chega ao endereço da Joaquim Barbosa Advocacia lê na fachada do prédio o letreiro Balducci & Hofling Sociedade de Advogados. Ali funciona a banca de Clarissa Hofling e Theodoro Balducci, que tem apenas três anos.

Eles alugam um espaço para o ex-ministro. Hofling não conhecia pessoalmente Barbosa antes de ele virar seu inquilino. "Tínhamos amigos em comum e o Janoti estava faz tempo procurando um lugar", diz. "Ele [Barbosa] acabou se estabelecendo e agora a gente está dividindo espaço."

Hofling atua na área criminal e não tem trabalho em parceria com Barbosa, mas faz planos. "Talvez a gente passe a atuar juntos na área de compliance [prevenção de corrupção nas empresas]."

O ex-ministro não quis falar com a Folha sobre a nova carreira. Sua assessoria informou que o escritório não fornece informações sobre clientes por razões ético-profissionais.

Também afirmou que, embora Barbosa esteja impedido de atuar em matéria contenciosa unicamente perante o STF até agosto de 2017, "o escritório não tem aceitado até o momento patrocinar causas perante juízos e tribunais, limitando-se a emitir pareceres e opiniões jurídicas sobre casos específicos".

Segundo um advogado com clientes no mensalão e na Lava Jato, que pediu para não ser identificado, um parecer redigido por um ex-ministro do STF custa em torno de R$ 300 mil a R$ 400 mil.

Nos próximos meses, segundo sua assessoria, Barbosa divulgará uma seleção de pareceres já emitidos, desde que autorizado pelos clientes.

Durante sua gestão como presidente do STF, entre 2012 e 2014, Barbosa por diversas vezes entrou em atrito com advogados e com a OAB.

Em junho de 2014, durante o julgamento de um recurso do mensalão, o advogado Luiz Fernando Pacheco, que defendia José Genoino, foi expulso do plenário do STF após um bate-boca com o presidente do STF. A OAB classificou a atitude do então ministro como "truculenta".

Pacheco diz que Barbosa como advogado deve mudar o temperamento. "Ele é um homem reconhecidamente inteligente e capaz e agora vai ver como é difícil estar do outro lado do balcão. No STF ele se valia da toga para esconder o seu caráter bruto e autoritário. Como advogado ele vai ter que se apaziguar e aprender a ser mais cortês com as pessoas" diz.

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