A enfermeira Maria Jaqueline Chezine, 37, que está com 25 semanas de gravidez e diz concordar com a nova regra do CFM
Folha de SP
De um lado, gestantes que condenam qualquer pressão ou interferência externa no tipo de parto de seus filhos. De outro, as que referendam a tese de que há uma cultura da cesárea –ou, ainda que não façam questão do parto normal, que rejeitam a antecipação do nascimento.
A discussão já é parte da rotina de grávidas com amigos, parentes e até desconhecidos antes mesmo de chegar a consultórios médicos. Agora, ficou ainda mais acirrada.
"Acho um absurdo limitar, a pessoa tem que poder escolher qual tipo de parto", diz a bancária Priscilla Teixeira, 36, que decidiu esperar 39 semanas para fazer sua cesárea, mas para quem a gestante deve ter a opção de antecipar.
Pelas novas regras previstas em resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), divulgada ontem (20), os médicos só poderão realizar cesáreas eletivas, a pedido da gestante, a partir da 39ª semana, momento em que estudos apontam que há menos riscos ao bebê.
Para Denise Alencar, 37, a medida está correta. Ela decidiu marcar a cesárea por ter outra filha pequena. "Não sei se iria ser traumatizante para ela que eu saísse correndo no meio da madrugada. Então marquei a cesárea, mas segurei até 39 semanas. Acho que não é saudável para um bebê sair antes, ele tem que vir na hora que quiser", diz.
Mulheres na reta final da gestação se mostravam apreensivas e temerosas nesta segunda sobre a possibilidade de a decisão do CFM interferir em seus partos. A vendedora Priscilla Barbosa da Silva, 39, considerava não haver necessidade de esperar até a 39ª semana.
"Não acho legal essa medida, porque é muito cansativo esperar. Depois de 37 semanas já dá", defendia ela, que está com 38 semanas e que tinha cesárea marcada ainda para esta segunda-feira.
A professora Tatiana Vitale, 33, é defensora da espera. "Quero parto normal, acho que não tem necessidade de antecipar", afirmou à Folha.
A bancária Gisele Bevilaqua, 26, teve seu primeiro filho de parto normal, no pronto-socorro. No caso do segundo, ficou preocupada de ficar esperando para ser atendida e preferiu marcar cesárea.
Com 38 semanas e meia, ela teria seu bebê nesta segunda-feira. Mesmo assim, acredita que a mudança da regra é importante. "Acho interessante esperar. Minha médica disse que já podia ter com 38 semanas, e eu resolvi aguardar mais um pouco."
Maria Jaqueline Chezine, 37, é enfermeira e trabalha com pediatria e UTI neonatal. Com 25 semanas, ela dizia concordar com a nova diretriz. "Já vi muito bebê de 38 semanas ter que ir para a UTI, porque não estava maduro o suficiente. Eu queria ter parto normal, mas tenho problema na coluna e não posso." Chezine vai esperar até a 39ª semana para fazer seu parto. "Tenho amiga marcando eletiva com 38 semanas para nem entrar em trabalho de parto, com medo da dor."
A discussão já é parte da rotina de grávidas com amigos, parentes e até desconhecidos antes mesmo de chegar a consultórios médicos. Agora, ficou ainda mais acirrada.
"Acho um absurdo limitar, a pessoa tem que poder escolher qual tipo de parto", diz a bancária Priscilla Teixeira, 36, que decidiu esperar 39 semanas para fazer sua cesárea, mas para quem a gestante deve ter a opção de antecipar.
Pelas novas regras previstas em resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), divulgada ontem (20), os médicos só poderão realizar cesáreas eletivas, a pedido da gestante, a partir da 39ª semana, momento em que estudos apontam que há menos riscos ao bebê.
Para Denise Alencar, 37, a medida está correta. Ela decidiu marcar a cesárea por ter outra filha pequena. "Não sei se iria ser traumatizante para ela que eu saísse correndo no meio da madrugada. Então marquei a cesárea, mas segurei até 39 semanas. Acho que não é saudável para um bebê sair antes, ele tem que vir na hora que quiser", diz.
Mulheres na reta final da gestação se mostravam apreensivas e temerosas nesta segunda sobre a possibilidade de a decisão do CFM interferir em seus partos. A vendedora Priscilla Barbosa da Silva, 39, considerava não haver necessidade de esperar até a 39ª semana.
"Não acho legal essa medida, porque é muito cansativo esperar. Depois de 37 semanas já dá", defendia ela, que está com 38 semanas e que tinha cesárea marcada ainda para esta segunda-feira.
A professora Tatiana Vitale, 33, é defensora da espera. "Quero parto normal, acho que não tem necessidade de antecipar", afirmou à Folha.
A bancária Gisele Bevilaqua, 26, teve seu primeiro filho de parto normal, no pronto-socorro. No caso do segundo, ficou preocupada de ficar esperando para ser atendida e preferiu marcar cesárea.
Com 38 semanas e meia, ela teria seu bebê nesta segunda-feira. Mesmo assim, acredita que a mudança da regra é importante. "Acho interessante esperar. Minha médica disse que já podia ter com 38 semanas, e eu resolvi aguardar mais um pouco."
Maria Jaqueline Chezine, 37, é enfermeira e trabalha com pediatria e UTI neonatal. Com 25 semanas, ela dizia concordar com a nova diretriz. "Já vi muito bebê de 38 semanas ter que ir para a UTI, porque não estava maduro o suficiente. Eu queria ter parto normal, mas tenho problema na coluna e não posso." Chezine vai esperar até a 39ª semana para fazer seu parto. "Tenho amiga marcando eletiva com 38 semanas para nem entrar em trabalho de parto, com medo da dor."
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