O papa Francisco convocou a igreja polonesa a "abrir as portas", usando a famosa convocação de João Paulo 2º, venerado em seu país, durante a missa celebrada neste sábado (30) nos arredores de Cracóvia.
O pontífice argentino pediu à igreja polonesa que "fuja dos trêmulos pedestais dos poderes do mundo" durante a missa celebrada no santuário de São João Paulo 2º , o pontífice polonês que canonizou há dois anos. "Na nossa vida de sacerdotes, pode haver muitas vezes a tentação de permanecer um pouco fechados, por medo ou comodidade", disse o papa. "Jesus não gosta das portas entreabertas, das vidas de via dupla", explicou, acrescentando que "gosta do risco e (de) sair". "Jesus busca corações abertos, ternos com os fracos, nunca duros", insistiu. "O Senhor... foge das situações gratificantes que o colocariam no centro, não sobe nos trêmulos pedestais dos poderes do mundo e não permanece no conforto que enfraquece a evangelização", lembrou o pontífice durante a missa solene diante de mais de dois mil religiosos, entre eles a hierarquia da igreja polonesa, tradicionalmente muito próxima ao poder político.
A SOMBRA DE JOÃO PAULO 2º - Francisco dedicou parte de seu penúltimo dia na Polônia a prestar homenagem à figura carismática de João Paulo 2º, que reinou por 27 anos e marcou a história da Igreja católica do fim do século 20.
Depois de rezar na capela de Santa Faustina, polonesa canonizada durante o pontificado de João Paulo 2º, ele visitou o santuário do papa polonês, construído em Lagiewniki, a fábrica de soda cáustica onde Karol Wojtyla trabalhou durante sua juventude.
O local acolhe relíquias do pontífice polonês, mas seu corpo está enterrado na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Para muitos poloneses, Francisco continua sendo o número dois, uma rivalidade que os organizadores da viagem papal evitaram reforçar, já que são notadas poucas fotos, cartazes e bandeiras nas ruas dedicadas aos dois pontífices.
Para o filósofo Karol Tarnoski, que foi amigo de João Paulo 2º, entrevistado pelo jornal Gazeta Wyborza, "se entendermos as palavras de Francisco, a Polônia deveria mudar. Mudar sua vida política e social", afirmou em uma nota dedicada ao "papa revolucionário".
Antes da missa, o papa atravessou a porta santa do santuário, assim como os centenas de milhares de jovens de todo o mundo que chegaram a Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude.
Depois ouviu em espanhol, francês e italiano as confissões de oito pessoas, cinco mulheres e três homens, um deles padre.
Durante a tarde o pontífice se deslocará ao Campo da Misericórdia, a 12 quilômetros, onde mais de meio milhão de jovens passarão acampados a madrugada deste domingo para compartilhar e meditar sob as estrelas sobre "a fé e a fraternidade".
Na véspera, o papa latino-americano, depois de realizar uma visita histórica ao campo de extermínio de Auschwitz, advertiu aos jovens de todo o mundo que "a crueldade não acabou" com estes lugares e que segue existindo no mundo. "Não quero deixá-los tristes, mas tenho que dizer a verdade. A crueldade não cessou em Auschwitz e Bikernau", confessou o pontífice entristecido ao aproximar-se da janela do Palácio Episcopal de Cracóvia para saudar os grupos de jovens de diferentes nacionalidades que assistiam à Jornada Mundial da Juventude.
O pontífice argentino pediu à igreja polonesa que "fuja dos trêmulos pedestais dos poderes do mundo" durante a missa celebrada no santuário de São João Paulo 2º , o pontífice polonês que canonizou há dois anos. "Na nossa vida de sacerdotes, pode haver muitas vezes a tentação de permanecer um pouco fechados, por medo ou comodidade", disse o papa. "Jesus não gosta das portas entreabertas, das vidas de via dupla", explicou, acrescentando que "gosta do risco e (de) sair". "Jesus busca corações abertos, ternos com os fracos, nunca duros", insistiu. "O Senhor... foge das situações gratificantes que o colocariam no centro, não sobe nos trêmulos pedestais dos poderes do mundo e não permanece no conforto que enfraquece a evangelização", lembrou o pontífice durante a missa solene diante de mais de dois mil religiosos, entre eles a hierarquia da igreja polonesa, tradicionalmente muito próxima ao poder político.
A SOMBRA DE JOÃO PAULO 2º - Francisco dedicou parte de seu penúltimo dia na Polônia a prestar homenagem à figura carismática de João Paulo 2º, que reinou por 27 anos e marcou a história da Igreja católica do fim do século 20.
Depois de rezar na capela de Santa Faustina, polonesa canonizada durante o pontificado de João Paulo 2º, ele visitou o santuário do papa polonês, construído em Lagiewniki, a fábrica de soda cáustica onde Karol Wojtyla trabalhou durante sua juventude.
O local acolhe relíquias do pontífice polonês, mas seu corpo está enterrado na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Para muitos poloneses, Francisco continua sendo o número dois, uma rivalidade que os organizadores da viagem papal evitaram reforçar, já que são notadas poucas fotos, cartazes e bandeiras nas ruas dedicadas aos dois pontífices.
Para o filósofo Karol Tarnoski, que foi amigo de João Paulo 2º, entrevistado pelo jornal Gazeta Wyborza, "se entendermos as palavras de Francisco, a Polônia deveria mudar. Mudar sua vida política e social", afirmou em uma nota dedicada ao "papa revolucionário".
Antes da missa, o papa atravessou a porta santa do santuário, assim como os centenas de milhares de jovens de todo o mundo que chegaram a Cracóvia para a Jornada Mundial da Juventude.
Depois ouviu em espanhol, francês e italiano as confissões de oito pessoas, cinco mulheres e três homens, um deles padre.
Durante a tarde o pontífice se deslocará ao Campo da Misericórdia, a 12 quilômetros, onde mais de meio milhão de jovens passarão acampados a madrugada deste domingo para compartilhar e meditar sob as estrelas sobre "a fé e a fraternidade".
Na véspera, o papa latino-americano, depois de realizar uma visita histórica ao campo de extermínio de Auschwitz, advertiu aos jovens de todo o mundo que "a crueldade não acabou" com estes lugares e que segue existindo no mundo. "Não quero deixá-los tristes, mas tenho que dizer a verdade. A crueldade não cessou em Auschwitz e Bikernau", confessou o pontífice entristecido ao aproximar-se da janela do Palácio Episcopal de Cracóvia para saudar os grupos de jovens de diferentes nacionalidades que assistiam à Jornada Mundial da Juventude.
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