Às vésperas de ir ao Senado apresentar sua defesa contra o impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (23) que, graças à democracia, não foi "obrigada a se suicidar, como obrigaram Getúlio", em referência ao ex-presidente Getúlio Vargas, que, em 1954, suicidou-se sob pressão para renunciar ao cargo.
"Não renunciei porque hoje temos espaço democrático. Eles não me obrigaram a me suicidar, como obrigaram o Getúlio e não fui obrigada a pegar um avião e ir para o Uruguai como fizeram com o Jango [o também ex-presidente João Goulart]", disse Dilma em ato organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne movimentos de esquerda, na Casa de Portugal, em São Paulo.
Evitando discurso de vitória no Senado e afirmando que o processo de impeachment tem sido "muito duro" para ela, a petista disse que "essa luta não tem data para terminar", já que a "maior vitória" desse período foi a que "aprendemos que a democracia não está garantida".
Dilma voltou a comparar o presidente interino Michel Temer e seu entorno a "parasitas", dizendo que se "considerarmos que a democracia é uma árvore, este golpe parlamentar é como um ataque de parasitas, que assumem lentamente o controle dessa árvore".
A presidente afastada afirmou que não vai ao Senado na próxima segunda-feira (29) "por causa de seus belos olhos", mas sim porque acredita na democracia. Dilma também disse que "lutou contra a tortura, contra um câncer e agora vai lutar em qualquer disputa".
Sem citar Temer e referindo-se aos senadores que decidirão seu futuro político, ela disse que "quando não se é capaz de passar pelo crivo do voto de um colégio eleitoral com 110 milhões de pessoas, se substitui esse colégio por 81 pessoas".
OLIMPÍADA - Dilma encerrou seu discurso mostrando ressentimento por não ter sido convidada para as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada do Rio.
"Eles não nos colocaram nessa parada, não. Nem eu, nem Lula. Fomos devidamente esquecidos e vocês sabem por quem."
"Não posso deixar passar essa oportunidade", continuou ela, "você organiza a festa, arruma a casa, contrata a melhoria das instalações da casa, arruma os móveis e no dia da festa é proibido de entrar na casa".
"Não renunciei porque hoje temos espaço democrático. Eles não me obrigaram a me suicidar, como obrigaram o Getúlio e não fui obrigada a pegar um avião e ir para o Uruguai como fizeram com o Jango [o também ex-presidente João Goulart]", disse Dilma em ato organizado pela Frente Brasil Popular, que reúne movimentos de esquerda, na Casa de Portugal, em São Paulo.
Evitando discurso de vitória no Senado e afirmando que o processo de impeachment tem sido "muito duro" para ela, a petista disse que "essa luta não tem data para terminar", já que a "maior vitória" desse período foi a que "aprendemos que a democracia não está garantida".
Dilma voltou a comparar o presidente interino Michel Temer e seu entorno a "parasitas", dizendo que se "considerarmos que a democracia é uma árvore, este golpe parlamentar é como um ataque de parasitas, que assumem lentamente o controle dessa árvore".
A presidente afastada afirmou que não vai ao Senado na próxima segunda-feira (29) "por causa de seus belos olhos", mas sim porque acredita na democracia. Dilma também disse que "lutou contra a tortura, contra um câncer e agora vai lutar em qualquer disputa".
Sem citar Temer e referindo-se aos senadores que decidirão seu futuro político, ela disse que "quando não se é capaz de passar pelo crivo do voto de um colégio eleitoral com 110 milhões de pessoas, se substitui esse colégio por 81 pessoas".
OLIMPÍADA - Dilma encerrou seu discurso mostrando ressentimento por não ter sido convidada para as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada do Rio.
"Eles não nos colocaram nessa parada, não. Nem eu, nem Lula. Fomos devidamente esquecidos e vocês sabem por quem."
"Não posso deixar passar essa oportunidade", continuou ela, "você organiza a festa, arruma a casa, contrata a melhoria das instalações da casa, arruma os móveis e no dia da festa é proibido de entrar na casa".
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