O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avalia que a Lei de Abuso de Autoridade – em discussão no Congresso – contém ‘tipos penais de constitucionalidade duvidosa’. Janot declara ser ‘absolutamente favorável’ à revisão da lei que data de 1965, ‘concebida sob a égide de um Estado de exceção’. Mas alerta que o texto, que tem apoio do senador Renan Calheiros (PMDB/AL), alvo da Lava Jato, “deixa lacunas inaceitáveis, como a não incriminação da famosa ‘carteirada’, infelizmente, prática ainda habitual em nossa cultura”.
Rodrigo Janot, há 32 anos na carreira, exerce pela segunda vez o mandato de procurador-geral. Metódico, destemido, carismático em sua Instituição, ele se tornou algoz de políticos poderosos, senadores e deputados, entre os quais Renan Calheiros (PMDB/AL), presidente do Congresso, e Eduardo Cunha (PMDB/RJ), ex-presidente da Câmara.
De sua lavra não escapou nem o ex-presidente Lula, a quem ele denunciou criminalmente por suposta obstrução de Justiça em uma trama para comprar o silêncio de um delator.
Nesta entrevista ao Estadão o procurador que comanda a Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal diz que acabar com a corrupção ‘é uma utopia inalcançável’, mas defende debelar malfeitos ‘como uma forma natural de fazer política e negócios no país’. Para ele, ‘a análise de custo-benefício feita pelo corrupto o incentiva a seguir em frente no seu intento criminoso, os ganhos são polpudos e o risco de ser preso é muito baixo’.
Janot observa que a Lava Jato revelou ‘um modo degenerado de fazer política e a simbiose deletéria que se estabeleceu entre certos setores do empresariado e agentes públicos para ganhos espúrios e para perpetuação no poder’. “Desejamos acabar com a corruoção endêmica.”
Ele condena o fato de 22 mil políticos no País desfrutarem do foro privilegiado. “Claramente um exagero antirrepublicano.”
Rodrigo Janot, há 32 anos na carreira, exerce pela segunda vez o mandato de procurador-geral. Metódico, destemido, carismático em sua Instituição, ele se tornou algoz de políticos poderosos, senadores e deputados, entre os quais Renan Calheiros (PMDB/AL), presidente do Congresso, e Eduardo Cunha (PMDB/RJ), ex-presidente da Câmara.
De sua lavra não escapou nem o ex-presidente Lula, a quem ele denunciou criminalmente por suposta obstrução de Justiça em uma trama para comprar o silêncio de um delator.
Nesta entrevista ao Estadão o procurador que comanda a Lava Jato perante o Supremo Tribunal Federal diz que acabar com a corrupção ‘é uma utopia inalcançável’, mas defende debelar malfeitos ‘como uma forma natural de fazer política e negócios no país’. Para ele, ‘a análise de custo-benefício feita pelo corrupto o incentiva a seguir em frente no seu intento criminoso, os ganhos são polpudos e o risco de ser preso é muito baixo’.
Janot observa que a Lava Jato revelou ‘um modo degenerado de fazer política e a simbiose deletéria que se estabeleceu entre certos setores do empresariado e agentes públicos para ganhos espúrios e para perpetuação no poder’. “Desejamos acabar com a corruoção endêmica.”
Ele condena o fato de 22 mil políticos no País desfrutarem do foro privilegiado. “Claramente um exagero antirrepublicano.”
Leia entrevista, aqui >Janot diz que Lava Jato revelou ‘modo degenerado de fazer política’
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